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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Cunha diz que reunião com Odebrecht foi agendada por Temer


Cunha diz que reunião com Odebrecht foi agendada com Temer: Cunha diz que reunião com Odebrecht foi agendada diretamente com Temer  
© dr Cunha diz que reunião com Odebrecht foi agendada diretamente com Temer 
 

Em nota escrita do complexo penal onde está preso, em Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha rebateu o teor de entrevista do presidente Michel Temer, no sábado (15), à TV Bandeirantes.
Na nota, Cunha questiona dois pontos principais: no primeiro, sustenta que o encontro de 2010 -em que delatores da Odebrecht dizem ter negociado propina para o PMDB em reunião de que ele e Temer participaram- foi "agendado diretamente com" o presidente.
No segundo, afirma que a decisão de abrir o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em dezembro de 2015, foi discutida com o então vice dois dias antes de oficializada.
O texto foi distribuído a interlocutores próximos.
Temer confirma a existência da reunião, realizada em seu escritório político em São Paulo, mas nega que nela tenham sido discutidos valores ou acertos escusos. Também negou, em entrevista à Band, no sábado, ter sido ele o responsável por agendar a reunião.
"[Em 2010], o Eduardo Cunha diz: 'Há uma pessoa que quer colaborar, mas quer pegar na sua mão, quer cumprimentá-lo'. E ajustamos um dia em que eu estava em São Paulo. Eu até confesso que cheguei um pouco atrasado à reunião", disse Temer.
Na nota, Cunha diz que "o presidente se equivocou nos detalhes".
"A referida reunião não foi por mim marcada. O fato é que estava em São Paulo, juntamente com Henrique Alves e almoçamos os três juntos no restaurante Senzala, ao lado do escritório político dele, após outra reunião e fomos convidados a participar dessa reunião já agendada diretamente com ele."
Cunha diz, no entanto, que na reunião "não se tratou de valor nem [se fez] referência a qualquer contrato daquela empresa".
"A conversa girou sobre a possibilidade de possível doação e não corresponde a verdade o depoimento do executivo", escreveu o peemedebista.
Os delatores da Odebrecht sustentam ter recebido, nesse encontro, a chancela de Temer para o pagamento de US$ 40 milhões em propina a integrantes do PMDB .

'Provável que alguns ministros fiquem desconfortáveis e saiam do cargo', diz Temer

Temer diz ter achado 'desagradável' e 'constrangedor' ver seu nome citado em delação: Temer: 'Não se falou de contratos'  
© Dida Sampaio/Estadão Temer: 'Não se falou de contratos' 
 
O presidente Michel Temer afirmou que alguns ministros podem deixar voluntariamente o governo, tendo em vista as revelações das delações da Odebrecht, que colocaram oito ministros de seu governo como alvos de inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. "É muito provável que alguns ministros fiquem desconfortáveis e peçam para sair do cargo", disse o presidente. A afirmação foi feita em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan na manhã desta segunda-feira, 17.
Temer reforçou, no entanto, que só vai afastar temporariamente os ministros se houver denúncia formal do Ministério Público. Já o afastamento definitivo só acontecerá no caso de os citados se tornarem réus. "Não vou demitir simplesmente porque alguém falou, é preciso provas robustas. Se vier a denúncia, não significa culpabilidade completa, mas terá fortíssimas indicações de que essa delação é correta", disse.
O presidente ainda disse acreditar que dificilmente as eventuais denúncias vão demorar para serem apresentadas. "A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) está entrando com representação hoje para acelerar as investigações. Por isso, não creio que as denúncias venham só no ano que vem. Acho que virão rápido. E o governo está interessado em que tudo seja feito da forma mais rápida possível", afirmou.
Temer também admitiu que de fato as delações são estarrecedoras e preocupantes, principalmente porque transmitem uma imagem ruim do Brasil para o exterior. "Sob esse ponto de vista é péssimo." Mas ele disse que o País precisa seguir em frente. "O Brasil não pode parar. Temos reformas pela frente. Então (as delações) são estarrecedoras, mas não podem ser fator de paralisia. Agora precisamos deixar o Judiciário trabalhar", reforça.
Sobre um possível acordão para paralisar com a Operação Lava Jato entre ele e os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso, Temer negou mais uma vez sua participação em qualquer pacto desse tipo. "Não tem conversa na direção de um possível acordão, FHC já negou. Fazer acordão para problema que está no Judiciário é inviável. Não participo e nem promovo", disse.

Presidenciáveis fora da lista de Fachin ensaiam discurso ético

Ciro Gomes, Marina Silva e Jair Bolsonaro 
© image/jpeg Ciro Gomes, Marina Silva e Jair Bolsonaro
 
 
 
Os três presidenciáveis que ficaram de fora da lista de Fachin já ensaiam um discurso ético para as eleições de 2018. Ciro Gomes (PDT-CE), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marina Silva (Rede-AC) avaliam que a lista de pessoas citadas não surpreende e criticam os investigados pela Lava Jato. A informação é da edição deste domingo do jornal O Estado de S.Paulo.
 
A ex-ministra do Meio Ambiente no governo Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou para atacar a gestão Michel Temer, o Congresso Nacional e o PT, para o qual, segundo ela, “o poder de partido falou mais alto do que o poder de nação”. Marina ressaltou que “não é o momento para discutir nomes de quem está ou não na lista, mas, sim, de pensar como o Brasil vai fazer essa travessia para uma sociedade melhor, de como mudar um Congresso que está lá graças ao caixa 2 e à corrupção”. A ex-ministra disse ainda que “a eleição de 2014 foi uma fraude por causa do abuso de poder econômico”.

Questionada sobre como fazer uma campanha sem se relacionar com a corrupção, ela afirmou que as campanhas podem ser diferenciadas e não precisam ser do jeito que estão. “Esse modelo de política não funciona. O poder concentra o poder nele mesmo”, disse. Já Bolsonaro afirmou que esperava os nomes que estão na lista. Disse que, “quando o Poder Executivo vai ao Congresso, é para comprar voto”. Quanto às eleições de 2018, o deputado afirmou que, “se o povo reeleger o atual Congresso, ele merece o poder que tem”. O deputado afirmou que, se eleito, não vai lotear o governo em troca de governabilidade. Perguntado se isso não traria caos ao Planalto, Bolsonaro disse que “caos é o atual governo”. Risco.

Ex-ministro de Itamar Franco e também de Lula, Ciro Gomes atacou a generalização que a divulgação dos investigados no STF causa na sociedade. “A pena política não pode ser a mesma de alguém que recebeu R$ 50 mil com recibo e de outro que vendeu uma medida provisória”, afirmou. Segundo ele, “o pior dos mundos é incitar a opinião pública, o que coloca em risco a democracia”. O pré-candidato do PDT ainda criticou os outros dois que estão fora da lista de Fachin. “Olha o moralismo da Marina, do Bolsonaro!” Quando questionado quem seria seu maior adversário em uma corrida presidencial, o cearense respondeu: “Se o debate for inteligente sobre qual a solução do Brasil, eu reino!”.

Delator entrega contas de supostos repasses a Serra na Suíça

Delator entrega contas de supostos repasses a Serra na Suíça: Senador recebeu euros para campanha de 2010 à Presidência da República 
© Susana Vera / Reuters 
Senador recebeu euros para campanha de 2010 à Presidência da República
 
Um dos delatores da Odebrecht, ex-superintendente da empreiteira em São Paulo, entregou ao Ministério Público Federal os números das contas e os nomes dos bancos que, segundo ele, foram usados para transferir euros no exterior para a campanha do senador José Serra (PSDB) à Presidência em 2010.
Segundo Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, os intermediários dos pagamentos a Serra foram duas pessoas próximas ao tucano: primeiro Márcio Fortes, ex-tesoureiro do PSDB, que recebia em reais no Brasil, e depois o empresário Ronaldo Cezar Coelho, que utilizou contas na Suíça.
O depoimento de CAP foi corroborado por outros, como o de Pedro Novis, ex-presidente da Odebrecht, e parte de seu teor foi adiantada pela Folha de S.Paulo, que revelou que a empreiteira delatou repasses de R$ 23 milhões a Serra.
Os pagamentos aconteceram, ainda segundo o delator e os papéis apresentados, entre 2009 e 2010, em troca de o governo de São Paulo ter pago a uma das empresas do grupo Odebrecht R$ 191,6 milhões que haviam ficado pendentes de obra na rodovia Governador Carvalho Pinto.
O débito do Estado com a Odebrecht já vinha se arrastando na Justiça havia cerca de oito anos, ainda segundo o delator, e poderia ter continuado sub judice, mas o governo paulista fez acordo com a empreiteira em troca dos repasses para o PSDB.
Além de entregar aos investigadores da Lava Jato dados relativos às contas usadas na Suíça indicadas por Ronaldo Cezar Coelho -como o código "swift", usado em transferências para o exterior-, o delator apresentou e-mails internos da Odebrecht que tratam dos pagamentos e deu detalhes de encontros os supostos prepostos de Serra que poderão ser confirmados.
Pelos relatos, os encontros com Fortes foram em 2009, no gabinete dele, quando ele presidia a Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.). Já com Cezar Coelho foram duas vezes no escritório do empresário em Ipanema, no Rio.
"Ele [Fortes] tinha alguns prepostos que ele me dizia, me dava o interesse de um hotel e o nome da pessoa, eu passava a senha para ele", disse CAP sobre pagamentos.
Sobre as contas supostamente indicadas por Cezar Coelho, o delator disse: "Nos dados de corroboração nós estamos indicando o banco, o 'swift', para não ter dúvida."

MAIS SUSPEITAS
O caso dos repasses de R$ 23 milhões, relativos à obra na rodovia Carvalho Pinto, é uma das suspeitas que envolvem o senador tucano.
Em outro caso, ele foi delatado por supostamente ter recebido 2 milhões de euros no exterior para sua eleição ao governo de São Paulo em 2006. Nesse episódio, outro empresário teria indicado contas na Suíça, José Amaro Pinto Ramos, ligado ao PSDB.
OUTRO LADO
Após o Supremo Tribunal Federal tornar públicas as delações, na terça (11), o senador José Serra negou ter cometido irregularidades.
"O senador reitera que não cometeu nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido, na forma da lei. A abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal servirá como oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta", afirmou, em nota.
Cezar Coelho disse em outubro passado, quando seu nome veio à tona, que não fez arrecadação para Serra, embora, como fundador do PSDB, tenha participado de todas as campanhas presidenciais do partido.
A reportagem não localizou Márcio Fortes. Com informações da Folhapress.

Governo detectou: Benefício assistencial para idosos é pago até a mortos

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O governo federal detectou quase 1,2 mil pessoas já falecidas que estavam recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70 passaram a receber o auxílio depois de já terem morrido.

“Isso aí já entra para a esfera policial, vamos estudar caso a caso para ver o que aconteceu, ver se tem alguma coisa organizada por trás disso”, afirmou ao Estado o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame.