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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Facebook começa a alertar usuários que tiveram dados comprometidos


O Facebook começou a alertar seus usuários sobre o incidente de segurança ocorrido em 25 de setembro, com milhões de dados de perfis acessados por pessoas não-autorizadas. Entre o fim da tarde e começo da noite desta terça-feira (16), a rede social começou a exibir alertas no topo da linha do tempo de seus utilizadores, prestando mais informações sobre o acontecimento e exatamente quais dados foram acessados.
A mensagem inicial é mais genérica, indicando que dados como nome, e-mail, número de telefone, data de nascimento e localizações recentes teriam sido obtidos por terceiros. Clicar no botão de "Saiba mais", na sequência, traz mais informações sobre a vulnerabilidade e mostra precisamente quais dados foram visualizados durante o comprometimento das informações de mais de 50 milhões de pessoas.
Alerta está sendo exibido no topo da linha do tempo dos usuários do Facebook afetados (Imagem: Canaltech)
Os casos variam em extensão, mas o Facebook é preciso, de maneira individual, sobre os dados que teriam sido acessados pelos invasores, que se aproveitaram de uma vulnerabilidade no sistema de tokens de login da rede social. As informações que podem ter sido vazadas incluem:
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  • Nome;
  • Endereço de e-mail principal;
  • Número de telefone mais recente;
  • Data de nascimento;
  • Páginas ou pessoas seguidas pelo usuário;
  • As 15 pesquisas mais recentes realizadas na rede social;
  • As dez últimas localizações de check-in ou marcações dessa categoria;
  • Gênero;
  • Idioma;
  • Dispositivos usados para acesso;
  • Status de relacionamento;
  • Religião;
  • Cidade natal e atual;
  • Informações sobre trabalho e educação;
  • Site pessoal.
Por outro lado, o Facebook é claro em afirmar que dados ainda mais sensíveis, como as senhas das contas ou informações financeiras, como números de cartão de crédito, não foram obtidos. O alerta corrobora informações antigas da empresa, que dispensava a necessidade de troca da palavra-chave pelo fato de o problema estar em seu sistema de tokens e não na criptografia ou transmissão de dados entre os dispositivos dos usuários e os servidores, o que levaria ao comprometimento das credenciais.
Em alguns casos, Facebook ainda não terminou investigações, o que pode significar boas notícias (ou não) (Imagem: Felipe Demartini)
Como estamos falando de um universo de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, essa notificação está sendo feita em fases. O mesmo link usado pelos afetados para verificarem as informações pessoais que foram obtidas, entretanto, pode ser acessado por qualquer um e permite ver o status dessa verificação ou, quem sabe, receber a boa notícia de que nenhuma de suas informações foi acessada.
Novamente, as mensagens podem variar. Em alguns casos, o Facebook é taxativo sobre o fato de que os dados não foram obtidos de maneira indevida, enquanto, em outros, afirma que a investigação ainda está em curso, mas que indícios dessa categoria não foram encontrados. Por enquanto, somente os usuários que tiveram seus dados visualizados por terceiros estão sendo informados diretamente pela plataforma.

O que aconteceu

A vulnerabilidade citada nos alertas do Facebook esteve disponível entre 14 e 27 de setembro devido ao que a empresa chamou de uma “complexa interação de três erros” no sistema. O problema, de acordo com especialistas da rede social, começou na ferramenta de upload de vídeos, que gerou uma abertura no sistema que permitia ao usuário visualizar o próprio perfil como ele é exibido para outras pessoas que não o tenham adicionado, por exemplo.
A partir daí, hackers teriam obtido acesso aos tokens de acesso à rede social, utilizado por aplicativos para uso das funções do Facebook e, também, na conexão entre aplicativos e navegadores aos sistemas da companhia. No dia 28 de setembro, 90 milhões de usuários ao redor do mundo foram deslogados, com a ação, segundo a empresa, servindo para renovar os tokens e desativar aqueles com problemas, substituindo-os por novos.

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