Impulsionada pela prisão do ex-marqueteiro do PT João Santana, a
retomada das discussões do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo
PMDB vai se dar com uma nova estratégia. O grupo do vice-presidente
Michel Temer avalia como vital um entendimento com o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além disso, acredita que é preciso
atuar de forma discreta – quase silenciosa – ao contrário do que ocorreu
no semestre passado.
Para um interlocutor do grupo de Temer, “ninguém quer queimar largada
de novo”. A avaliação é que o maior de todos os erros foi apostar todas
as fichas no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apesar do
poder do cargo, a imagem que se consolidou é a de que ele usou o pedido
de impeachment para desviar a atenção dos processos que ele enfrenta no
Conselho de Ética e no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa da
Operação Lava Jato.