Embora a governadora Fátima Bezerra
(PT) defenda as atuais regras que asseguram aposentadoria especial aos
professores, na Educação Pública do Rio Grande do Norte o desequilíbrio
da Previdência é ainda mais acentuado. No Estado, as despesas com
aposentadorias e pensões dos professores chegam a R$ 100 milhões por
mês. Com os professores que continuam em atividade, ficam em R$ 54
milhões. Há 15.765 profissionais do magistério da rede pública estadual
na ativa e 21.300 inativos. Os números constam do estudo “RH em
Números”, da Secretaria de Administração e Recursos Humanos, que tem
como titular a economista Virgínia Ferreira.
O levantamento mostra que os números de inativos, na Educação, estão
em crescimento, enquanto reduz a quantidade de professores que continuam
em atividade nas escolas. “Entre janeiro de 2014 e janeiro de 2019, o
número de professores na ativa diminuiu 7,89%, ao passo que o de
aposentados cresceu 25,97%. O quantitativo dos pensionistas, no mesmo
período, variou positivamente 17,15%”, destaca o estudo.
As despesas com pagamento de ativos e aposentados aumentam
constantemente, mas a folha com inativos tem uma progressão ainda mais
acentuada. No pesquisado período (2014 a 2019), a folha dos servidores
ativos cresceu 19,12%; a dos aposentados teve o crescimento mais
intenso, de 123,2%; e a dos pensionistas, por sua vez, aumentou 94,35%”,
aponta o documento.