O Ministério da Saúde suspendeu, nas últimas três
semanas, contratos firmados com laboratórios farmacêuticos para a
produção de 19 medicamentos que eram distribuídos gratuitamente no país
através do Sistema Único de Saúde (SUS). O Governo suspendeu os projetos
de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) destinados à
fabricação de medicamentos para pacientes transplantados e com doenças
como câncer e diabetes, que são fornecidos com preços em média 30%
menores do que os de mercado para compra.
*A medida visa checar sabotagens de empresas, contratos irregulares e fazer um raio x de beneficiados para poder até aumentar e atender a demanda, se possivel*.
No Rio Grande do Norte, de acordo com a Unidade Central de Agentes
Terapêuticos (Unicat), responsável pela distribuição de medicamentos no
Estado, todos os medicamentos da lista são fornecidos ao Estado pelo
Ministério da Saúde, com exceção de um, a leuprorrelina, para a qual há
alternativa disponível de compra. O diretor da Unicat, Ralfo Cavalcante
de Medeiros, afirmou que ao menos 5 mil pessoas seriam afetadas caso
ocorra a interrupção da distribuição. De acordo com estimativas,
nacionalmente, a suspensão pode afetar até 30 milhões de pessoas que
dependem dos remédios.
De acordo com o diretor da Unicat, a
Unidade ainda não foi oficialmente notificada pelo Ministério da Saúde, e
aguarda informações do Governo Federal para poder orientar as equipes
sobre o uso e distribuição desses remédios. “Por enquanto não sabemos
nada, não recebemos nenhum ofício do Ministério da Saúde”, afirma o
diretor.
A distribuição do Ministério é feita trimestralmente à Unicat e, até o
momento, não há falta de nenhum dos medicamentos listados, que ainda
possuem estoques do último trimestre.
“Acreditamos e esperamos que, até
que eles disponibilizem novas formas de aquisição, a situação seja
regularizada para que não falte para a população”, afirma Ralfo
Cavalcante.
TN