O
Globo destacou que o processo de impeachment vai marcar a volta do
Congresso aos trabalhos e os exércitos pró e contra a saída da
presidente Dilma Rousseff voltarão ao campo de batalha após sentir o
clima de suas bases eleitorais. Na trincheira dos principais partidos de
oposição — PSDB, DEM e PPS — a aposta ainda está na volta das
mobilizações populares, que, acreditam eles, ganharão força nos
primeiros meses do ano.
Contudo, a julgar pelos atos que ocorreram em dezembro, a onda
popular ainda é fraca. Já do lado do governo, haverá o reforço do
discurso de que impeachment é golpe contra Dilma e uma aproximação ainda
maior com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Isso depois que STF decidiu que o Senado, onde a base governista é
menos vulnerável, dará a palavra final sobre o impedimento de Dilma.
Hoje, mesmo os parlamentares favoráveis à saída dela admitem que ainda
não existe maioria nem sequer na Câmara para isso.