Em nota a imprensa, onde trazemos com exclusividade no Foco Notícia, o Promotor Dr. Silvio Brito negou essas especulações, e disse que ‘por questões político-partidárias’, algumas pessoas distorcem fatos ou mentem deliberadamente, no intuito de espalhar o medo entre a população e assim inviabilizar projetos que não só colocariam Felipe Guerra na vanguarda de nosso Estado, como trariam benefícios sociais incalculáveis a muitas famílias.
Veja na Íntegra:
Prezados Felipenses,
Considerando algumas notícias inverídicas divulgadas em blogs e redes sociais de Felipe Guerra nesta última semana, venho, na condição de Promotor de Justiça e cidadão felipense, prestar alguns esclarecimentos.
Primeiro, é importante registrar que não há, nem nunca houve, qualquer ideia de se construir uma cadeia ou penitenciária em Felipe Guerra, seja para adultos ou menores infratores. Isso é mentira!
Então o que existe de verdade? Pois bem, alguns dias atrás, o Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Felipe Guerra, Sr. LUIZ AGNALDO, esteve na Promotoria de Justiça e nos apresentou uma ideia de se criar em Felipe Guerra um centro para tratamento de dependentes químicos, a fim de enfrentar os graves problemas que alguns cidadãos felipenses vêm passando com o álcool e as drogas.
De acordo com ideia apresentada por LUIZ AGNALDO, esse centro poderia ser instalado num pequeno sítio próximo à zona urbana de Felipe Guerra, pertencente ao IBAMA, onde os dependentes químicos poderiam desenvolver diversas atividades, tanto laborais, quanto recreativas. Para tanto, contariam com a imprescindível ajuda da comunidade e da prefeitura, e, muito especialmente, com um trabalho permanente de evangelização por parte de todas as igrejas.
Tanto a preocupação, quanto a ideia de LUIZ AGNALDO nos pareceram extremamente louváveis, razão pela qual resolvemos conhecer o terreno e abraçar o projeto.
Vale registrar que, paralelamente a esse centro de Felipe Guerra, esta Promotoria de Justiça já vinha trabalhando em um outro projeto muito semelhante, em parceria com a Igreja Católica de Apodi, com o objetivo de construir um centro para dependentes químicos no chamado “Sítio do Padre”, próximo à comunidade de Santa Rosa, em Apodi. Essa ideia, aliás, partiu da Juíza de Direito de nossa comarca, Dra. Kátia Guedes, preocupada com o drama vivido por muitos usuários de droga de nossa comarca, que sempre se queixavam de não existir em Apodi um local adequado para o tratamento de dependentes químicos.
O projeto do Sítio do Padre está sendo amadurecido, já que demanda recursos para sua construção e manutenção, além do engajamento de vários colaboradores. Em nenhum momento a ideia foi abandonada, nem nunca houve qualquer protesto por parte da comunidade de Santa Rosa contrário à sua construção, até porque o centro não seria lá, mas sim num sítio próximo. Além desses trabalhos com dependentes químicos, a Promotoria de Justiça de Apodi, em parceria com o Centro de Detenção Provisória de nossa comarca, já vem desenvolvendo um outro trabalho, consistente em aproveitar a mão de obra dos presos em obras e serviços comunitários.
Em Apodi, já há algum tempo, os presos vêm fazendo a limpeza e a manutenção do hospital e de escolas públicas, retribuindo assim o mal que fizeram à sociedade e o custo que representam para o Estado. Colocar os presos para trabalhar, aliás, é um anseio de toda sociedade, que já não aguenta mais sustentar milhares de homens que passam o dia sem fazer nada.
Embora seja um imperativo ético e um anseio social, infelizmente em nosso Estado, ainda não vemos presos trabalhando em prol da comunidade. Em outros Estados, como Pernambuco e São Paulo, já há várias cidades que têm se beneficiado dessa mão de obra. Façam uma pesquisa na internet e vocês encontrarão várias matérias a respeito.
É essa a ideia que pretendemos levar para Felipe Guerra. Queremos que os presos paguem pelo mal que fizeram, não só ficando presos, mas também trabalhando em benefício de toda a comunidade, seja na varrição de ruas, na capinação de canteiros, limpeza de praças, pintura de escolas ou mesmo plantando frutas e verduras para serem servidas na merenda escolar.
Naturalmente que esses presos que seriam levados às ruas, praças, escolas e hospitais não poderiam ser quaisquer presos, mas sim indivíduos previamente selecionados, que não demonstrem qualquer periculosidade, nem intenção de fugir.
Na condição de cidadão felipense, cujo título recebi com muito orgulho, faço questão de registrar que jamais faria algo para expor a vida ou a segurança de quem quer que seja, muito menos dos meus concidadãos felipenses. Muito pelo contrário. Nosso propósito é levar esperança àquelas famílias destroçadas pelo álcool e pelas drogas, oferecendo a todos os moradores de Felipe Guerra uma oportunidade para se livrarem do vício, e paralelamente a isso, tornar, com o trabalho dos presos, as ruas, praças, escolas e hospitais de Felipe Guerra mais bonitos e agradáveis para todos os cidadãos.
Infelizmente, por questões político-partidárias, algumas pessoas distorcem fatos ou mentem deliberadamente, no intuito de espalhar o medo entre a população e assim inviabilizar projetos que não só colocariam Felipe Guerra na vanguarda de nosso Estado, como trariam benefícios sociais incalculáveis a muitas famílias.
Ficam aqui, portanto, os meus esclarecimentos.
Um fraterno abraço a todos.
Promotor > SÍLVIO RICARDO GONÇALVES DE ANDRADE BRITO