A Câmara vai reagir duramente à articulação de
entidades de juízes do Trabalho para boicotar a reforma trabalhista, que
entra em vigor no dia 11. A ideia é votar projeto que extingue a
Justiça do Trabalho, “justiça jabuticaba” que só existe no Brasil. A
reação à desobediência de juízes recebeu o apoio do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, em reunião com deputados que atuaram na Comissão da Reforma Trabalhista.
Rodrigo Maia havia defendido a extinção da Justiça do Trabalho em
março: chegou a afirmar em Brasília que “não deveria nem existir”.
O projeto prevê, com a extinção, que magistrados do Trabalho de todos
os níveis, inclusive ministros, serão realocados na Justiça Federal.
Estudos mostram que a modernização das leis trabalhistas tornará
inócua a Justiça do Trabalho, o que motiva mais a defesa da extinção.
Entidades de “profissionais do Trabalho” têm feito seminários com
sugestões de pretextos para que eles boicotem a reforma trabalhista.