O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), membro da comissão especial que discute o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff,
considera o retorno da petistas “absolutamente inviável, uma
catástrofe”.
Em entrevista ao Diário do Poder, o tucano revelou que as
evidências, “claras e objetivas”, reforçam a existência de crime de
responsabilidade, que culminará com o impedimento definitivo de Dilma.
Deputado estadual por dois mandatos, deputado federal e
vice-governador do Espírito Santo, Ferraço adotaria medida diferente, no
campo político, daquela do presidente interino Michel Temer. “Talvez
não convidasse para compor o meu ministério figuras que, eventualmente,
pudessem constranger o governo” disse.
Empresário, Ferraço recorre, neste momento de crise institucional,
uma declaração do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill:
“Deus me ajude a cuidar dos amigos, porque dos inimigos e adversários eu
mesmo cuido”. É uma referência aos ministros do governo enrolados na
Operação Lava Jato.
A conclusão do impeachment ocorrerá em agosto?
Estou seguro que sim. Vamos, na segunda-feira, reiniciar os trabalhos.
Temos seis testemunhas para ouvir. Esperamos que, ao longo da próxima
semana, a gente já tenha ouvido, pelo menos, a metade das testemunhas.
Denúncias envolvendo a cúpula do PMDB não colocam em xeque o impeachment?
São coisas diferentes. Uma coisa são os processos, os inquéritos, as
denúncias relacionadas aos senadores do PMDB. Outra coisa é a comissão
do impeachment, que tem vida própria e um rito definido. Precisamos
ficar atentos às manobras de atalho e de chicana da presidente afastada e
de seus aliados, que tentam adiar a discussão, para que a gente não
conclua o processo no prazo de até 180 dias. Todos manobram e conspiram
contra a Lava Jato tombarão, assim como todos que conspiram contra o
impeachment.
O que o senhor acha do primeiro mês de governo do Michel Temer?
Não poderíamos esperar coisa muito diferente, porque a quadra é
complexa, o momento é sensível. De certa forma, estamos enfrentado
problemas que poderíamos ter evitado, mas tem uma tempestade perfeita se
impondo no país com crise política, com crise econômica, com recesso
social, com crise moral. O governo está encontrando o rumo: constituiu
uma boa equipe econômica e tem boa base política para fazer as mudanças e
as transformações que o país precisa. O Temer é uma solução
constitucional. Ele chega à Presidência da República com legitimidade
constitucional, mas precisa se legitimar diante da sociedade brasileira,
sinalizando que o governo dele não é nem parecido com o da Dilma.
O que o senhor faria de diferente?
Talvez não convidasse para compor o meu ministério figuras que,
eventualmente, pudessem constranger o governo. Em momento como o atual,
temos que lembrar da velha frase do (Winston) Churchill: “Deus me ajude a
cuidar dos meus amigos, porque eu cuido dos inimigos e adversários”. O
problema, no caso, são os amigos.
O senhor acredita que há chance de retorno de Dilma Rousseff? O que representaria o retorno dela?
Uma catástrofe. A presidente Dilma perdeu as condições políticas e
morais de liderar o nosso país, sobretudo pelas revelações mostrando que
a presidente da República agiu pessoalmente atentando contra a
probidade administrativa. O retorno da presidente Dilma é absolutamente
inviável, uma catástrofe. É mergulhar o nosso país em um apocalipse. Não
acredito em um retorno dela porque as evidências objetivas em relação a
todos os seus crimes são muito claras.O senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), membro da comissão especial que discute o impeachment da
presidente afastada Dilma Rousseff, considera o retorno da petistas
“absolutamente inviável, uma catástrofe”. Em entrevista ao Diário do
Poder, o tucano revelou que as evidências, “claras e objetivas”,
reforçam a existência de crime de responsabilidade, que culminará com o
impedimento definitivo de Dilma.
Deputado estadual por dois mandatos, deputado federal e
vice-governador do Espírito Santo, Ferraço adotaria medida diferente, no
campo político, daquela do presidente interino Michel Temer. “Talvez
não convidasse para compor o meu ministério figuras que, eventualmente,
pudessem constranger o governo” disse.
Empresário, Ferraço recorre, neste momento de crise institucional,
uma declaração do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill:
“Deus me ajude a cuidar dos amigos, porque dos inimigos e adversários eu
mesmo cuido”. É uma referência aos ministros do governo enrolados na
Operação Lava Jato.
A conclusão do impeachment ocorrerá em agosto?
Estou seguro que sim. Vamos, na segunda-feira, reiniciar os trabalhos.
Temos seis testemunhas para ouvir. Esperamos que, ao longo da próxima
semana, a gente já tenha ouvido, pelo menos, a metade das testemunhas.
Denúncias envolvendo a cúpula do PMDB não colocam em xeque o impeachment?
São coisas diferentes. Uma coisa são os processos, os inquéritos, as
denúncias relacionadas aos senadores do PMDB. Outra coisa é a comissão
do impeachment, que tem vida própria e um rito definido. Precisamos
ficar atentos às manobras de atalho e de chicana da presidente afastada e
de seus aliados, que tentam adiar a discussão, para que a gente não
conclua o processo no prazo de até 180 dias. Todos manobram e conspiram
contra a Lava Jato tombarão, assim como todos que conspiram contra o
impeachment.
O que o senhor acha do primeiro mês de governo do Michel Temer?
Não poderíamos esperar coisa muito diferente, porque a quadra é
complexa, o momento é sensível. De certa forma, estamos enfrentado
problemas que poderíamos ter evitado, mas tem uma tempestade perfeita se
impondo no país com crise política, com crise econômica, com recesso
social, com crise moral. O governo está encontrando o rumo: constituiu
uma boa equipe econômica e tem boa base política para fazer as mudanças e
as transformações que o país precisa. O Temer é uma solução
constitucional. Ele chega à Presidência da República com legitimidade
constitucional, mas precisa se legitimar diante da sociedade brasileira,
sinalizando que o governo dele não é nem parecido com o da Dilma.