O Brasil assinou hoje (15), em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o
acordo de adesão ao programa Artemis, liderado pelos Estados Unidos
(EUA) e que planeja enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à
Lua em 2024.
Além da cooperação técnico-científica, o acordo traz um conjunto de
princípios, diretrizes e boas práticas para a cooperação internacional
na exploração do espaço, incluindo do território lunar.
Até o momento, o Brasil é o único país da América Latina a assinar o
documento e o 12º do mundo. São signatários: Austrália, Canadá, Coreia
do Sul, EUA, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Nova
Zelândia, Reino Unido e Ucrânia.
Na cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro disse que, além do objetivo
de levar a primeira mulher à Lua, o acordo servirá para impulsionar o
desenvolvimento tecnológico. Bolsonaro acrescentou que o acordo é mais
um feito da diplomacia brasileira. Outro feito foi a eleição do Brasil,
na última sexta-feira (11), para um dos assentos não permanentes no
Conselho de Segurança da ONU, afirmou o presidente. “Isso é uma prova
irrefutável do bom relacionamento que o Brasil tem com o mundo todo”,
disse.
Em sua fala, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos
Pontes, destacou ações recentes na área espacial, entre as quais o
acordo firmado em 2019 entre Brasil e EUA para o uso militar e comercial
da base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão.
Pontes disse que, com isso, o programa espacial brasileiro deve se
fortalecer e formar uma nova geração de especialistas. “Temos caminhos
abertos para futuros cientistas, futuros engenheiros, futuros técnicos e
futuros astronautas, por que não?”, disse o ministro.