A desembargadora Susana Casteneda, que coordena 14 juízes do Núcleo
Especializado em Crimes de Corrupção no Peru, visitou a força-tarefa da
Operação Lava Jato em Curitiba (PR) e em Brasília (DF).
Além do Peru, outros 23 países já pediram ao Ministério Público
Federal (MPF) do Brasil ajuda para investigar casos de corrupção
envolvendo a atuação de empreiteiras brasileiras no exterior.
Susana Casteneda contou que ficou impressionada com o volume de
trabalho e com a agilidade do processo eletrônico, que fica disponível
na internet, incluindo os vídeos dos depoimentos prestados à Justiça
Federal do Paraná, onde correm os processos da Lava Jato na primeira
instância.
Para a desembargadora, é necessário que a população e os meios de
comunicação se interem de imediato, sobretudo para a transparência dos
processos. “Considero importantíssimo”, disse.
Susana Casteneda quer testar o modelo no Peru. Lá, as investigações
começaram em dezembro de 2016, quando foi divulgado o acordo da
Odebrecht com os EUA, em que a empresa assumiu que pagou US$ 29 milhões
em propina no país. Outras empreiteiras brasileiras, envolvidas na
Operação Lava Jato, também estão na mira da Justiça peruana.