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sábado, 1 de janeiro de 2022

Bolsonaro faz pronunciamento com balanço de ações do governo

O presidente Jair Bolsonaro fez na noite desta sexta-feira (31) um pronunciamento em  rádio e televisão no qual voltou a se posicionar contra o passaporte vacinal. O presidente também falou que crianças entre 5 e 11 anos devem se imunizar contra a covid-19 com a autorização dos pais e prescrição médica.

“Não apoiamos o passaporte vacinal, nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar”, disse. “Defendemos que as vacinas para as crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada”. 

Bolsonaro destacou que o governo dispensou “recursos bilionários para que estados e municípios se preparassem para enfrentar a pandemia” e voltou a criticar governadores e prefeitos por políticas de fechamento de comércio e restrição da circulação.

“Com a política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércios, decretar lockdown e toque de recolher, a quebradeira econômica só não se tornou uma realidade porque nós criamos o Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte] e o BEm [Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda]”, disse o presidente, que acrescentou que essas medidas garantiram a preservação de mais de 11 milhões de empregos.

Bolsonaro afirmou que o ano se encerra com um saldo positivo de 3 milhões de novos empregos e 5 milhões de empresas abertas e destacou os avanços na infraestrutura, com as novas obras iniciadas no governo, a conclusão de obras de governos anteriores, como a transposição do Rio São Francisco e a reinserção do modal ferroviário no país.

Mega da Virada 2021: duas apostas dividem prêmio de R$ 378 milhões

Duas apostas vencedoras vão dividir o prêmio das seis dezenas sorteadas (12-15-23-32-33-46), e cada uma vai levar R$ 189.062.363,74.

Uma das apostas vencedoras saiu de Campinas (SP). A outra saiu de Cabo Frio (RJ).

Outras 1.712 apostas acertaram a quina (cinco dezenas) e cada uma levará o prêmio de R$ 50.861,33. E 143.494 apostas ganharam a quadra (quatro dezenas) e levaram R$ 866,88 cada.

Corrupção: o ano era 2005, estourava o mensalão de Lula comandado por Zé Dirceu

O chefe: o livro que traz os detalhes do escândalo do mensalão

Casos de corrupção

A imagem positiva do governo Lula, cultivada a partir da política econômica de sucesso e de uma política externa que colocou o Brasil em posição de prestígio internacional, foi fortemente abalada por casos de corrupção envolvendo pessoas diretamente ligadas à base política do governo. Diferentes denúncias aconteceram ao longo dos anos do mandato de Lula e, de todos os escândalos, o que mais repercutiu ficou conhecido como Mensalão e estourou em 2005.

Os escândalos de corrupção durante o governo de Lula renderam fortes críticas ao PT, seja de grupos à direita e entendidos como opositores, seja de grupos ligados à esquerda. As críticas ao governo Lula e ao próprio PT relembravam o discurso petista durante a década de 1990, no qual o partido fazia a defesa intensa da ética na política. No entanto, a grande quantidade de denúncias e a comprovação de algumas delas mostraram que essa defesa da ética na política não aconteceu quando assumiram o poder do Brasil.

Mensalão: crise no governo Lula em 2005, e a origem tucana em Minas Gerais  | Acervo 

Mensalão

O Mensalão consistiu basicamente no escândalo em que membros da cúpula do governo realizavam a compra de parlamentares a partir de Caixa 2 para que apoiassem no Legislativo as pautas de interesse do governo.

O esquema foi denunciado por Roberto Jefferson e desgastou severamente a imagem de Lula, que viu sua aprovação cair consideravelmente no período às vésperas das eleições presidenciais. As investigações destrincharam um complexo esquema de corrupção que envolvia diversas pessoas, e o resultado do escândalo fez com que parte considerável da cúpula de governo de Lula fosse incriminada. O grande alvo da acusação na época foi o ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Mensalão: crise no governo Lula em 2005, e a origem tucana em Minas Gerais  | Acervo

A acusação sobre Dirceu resultou na cassação de seu mandato ainda em 2005 e, em 2006, foi denunciado com cerca de quarenta pessoas pelo envolvimento no Mensalão. O julgamento de Dirceu estendeu-se durante anos e, em 2016, foi condenado a 23 anos de prisão por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A respeito da estratégia de defesa do governo quando estourou esse escândalo e do seu impacto sobre a popularidade de Lula, vale destacar a seguinte fala do historiador Boris Fausto:

A estratégia de defesa do governo deu-se em duas frentes. Na frente política, consistiu em negar a existência de um esquema de compra de votos no Congresso, concentrar culpas e responsabilidades no tesoureiro do partido e caracterizar as denúncias como orquestração golpista de uma elite inconformada com o sucesso de um trabalhador na presidência da República. Lula, segundo o discurso oficial, nada sabia a respeito do suposto esquema.

[…] O governo venceu a batalha política. A oposição decidiu não lutar pelo afastamento do presidente, temerosa de apostar na polarização política e perder, e receosa dos efeitos de longo prazo, para a convivência democrática, de uma eventual divisão ao meio da sociedade brasileira. Imaginou que seria capaz de desgastar Lula até as eleições de outubro de 2006.

É verdade que o presidente sofreu queda significativa de sua popularidade ao longo de 2005. Ela, no entanto, não se alastrou para além dos setores de renda e instrução mais elevadas e mostrou-se transitória. Ao iniciar-se a corrida eleitoral no final do primeiro semestre de 2006, o presidente já havia recuperado a popularidade perdida e despontava como franco favorito à sua própria sucessão |7|.