Valor global do empreendimento será de R$ 1,77 bilhão e são previstos quatro anos de obras - Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
O
ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, lança nesta
sexta-feira 16 o processo licitatório para o Ramal do Apodi/Salgado. O
sistema hídrico será o responsável por trazer as águas do Eixo Norte do
Projeto de Integração do Rio São Francisco até o Rio Grande do Norte,
além de permitir acesso dos recursos hídricos aos estados do Ceará e
Paraíba. O valor global do empreendimento está orçado em R$ 1,77 bilhão e
são previstos quatro anos de execução. Ao todo, 750 mil pessoas em 48
cidades dos três estados serão beneficiadas.
Com
a licitação, o Ministério do Desenvolvimento Regional inicia a última
etapa de ações para integrar o Eixo Norte da transposição do Rio São
Francisco. Em 26 de junho, o presidente acionou, de forma oficial, as
comportas para o Eixo Norte.
Com a ação, a água
que já abastece o Reservatório Milagres, em Pernambuco, passará pelo
Túnel Milagres, na fronteira dos dois estados, começará a encher o
Reservatório Jati, no Ceará, e seguirá, por fim, até a Paraíba e o Rio
Grande do Norte.
No território potiguar, as
águas serão canalizadas pelo Rio Piranhas até desembocar na Barragem de
Oiticica. Serão mais de 100 quilômetros de percurso.
O
Projeto de Integração do Rio São Francisco soma hoje 477 quilômetros
(km) de extensão em dois eixos, o Norte com 260 km e o Leste com 217 km,
e, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, é o maior
empreendimento hídrico do País.
Quando todas as
estruturas e sistemas complementares nos estados estiverem em operação,
cerca de 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco,
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte serão beneficiadas com
abastecimento de água, informou a pasta.
O
anúncio será feito em Fortaleza, no Ceará, onde o ministro cumpre agenda
oficial. Durante a solenidade, o ministro Rogério Marinho também vai
anunciar propostas de três Medidas Provisórias. As ações têm como foco a
reestruturação dos fundos de desenvolvimento das Regiões Nordeste
(FDNE), da Amazônia (FDA) e do Centro-Oeste (FDCO), que deverão ter
alteração na sua natureza e passarão a financiar projetos para a
captação de investimentos privados.
Fonte: Agora RN