O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito civil contra o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB),
por suposto ato de improbidade. Adhemar César Ribeiro, cunhado do
tucano, e o secretário Marcos Monteiro (Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Inovação), codinome ‘Salsicha’ ou ‘M&M’,
também foram denunciados.
Pré-candidato à Presidência, Alckmin teria se beneficiado de valores
estimados em R$ 10,5 milhões repassados para suas campanhas de 2010 e
2014 via ‘caixa 2’. O cunhado e ‘M&M’ teriam operacionalizado os
repasses, por meio de contatos com executivos da Odebrecht.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o tucano afirmou que ‘vê a
investigação de natureza civil com tranquilidade e está à disposição
para prestar quaisquer esclarecimentos’. “Não apenas por ter total
consciência da correção de seus atos, como também por ter se posicionado
publicamente contra o foro privilegiado”.
Os promotores usam o artigo 11 da Lei de improbidade para embasar o
procedimento. O artigo 11 estabelece que ‘constitui ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade as instituições’.