O perigo do “Fora, Temer” é ofuscar o protagonismo do PT no maior processo de rapina já perpetrado ao Estado brasileiro – aliás, a qualquer Estado. A corrupção como método de governo.
O PMDB, partido que Temer presidiu por longo tempo, e cuja parceria
com o PT o levou à vice-presidência de Dilma Roussef, praticou a
corrupção clássica, que, embora obviamente criminosa, cuidava de não
matar a galinha dos ovos de ouro.
A do PT, não. Não se conformava em enriquecer os seus agentes. Queria
mais: saquear o Estado para financiar um projeto revolucionário de
perpetuação no poder. Daí a escala inédita, mesmo em termos planetários.
Só no BNDES, o TCU examina contratos suspeitos de financiamentos, que
incluem países bolivarianos e ditaduras africanas, na escala de R$ 1,3
trilhão. Nada menos.
Poucos países têm tal PIB. A Petrobras, que era uma das maiores
empresas do mundo, desapareceu do ranking mundial. Deve mais do que
vale. O PT banalizou o milhão – e mesmo o bilhão.
As delações da Odebrecht e da JBS, entre outras de proporções
equivalentes (Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, UTC etc.) mostram
quem estava no comando: Lula e o PT. Os demais beneficiários estão
sempre vários degraus abaixo. Eram parceiros – e, portanto, cúmplices -,
mas sem comando.