Os
estados pediram ao governo federal para serem incluídos na reforma da
Previdência, a fim de desarmar uma bomba que pode explodir em quatro
anos. Sem mudança nas regras para servidores públicos, o déficit dos
regimes próprios estaduais, que alcançou R$ 64,266 bilhões no ano
passado, chegará a R$ 101,144 bilhões em 2020 — um aumento de 57,4% no
período, de acordo com cálculos de um estudo contratado por um grupo de
governadores, que inclui Rio e São Paulo. A cifra indica quanto os
estados terão que aportar a mais para pagar aposentados e pensionistas,
já descontadas as receitas com contribuições.
Diante do problema, governadores reunidos em Brasília na semana
passada concluíram que a reforma da Previdência é crucial para vencer a
crise fiscal que abate os estados e decidiram defender conjuntamente
medidas para reduzir o peso das despesas com benefícios. Além do aumento
da contribuição, eles querem que a União acabe com os regimes especiais
de policiais militares e bombeiros — que representam quase um quarto do
gasto com servidores estaduais inativos.
De um custo total de R$ 127,6
bilhões em 2015, a categoria respondeu por R$ 28,8 bilhões. A previsão é
chegar a R$ 32,2 bilhões neste ano.