Governo Dilma Rousseff(PT) levou a um passivo de R$ 50 bilhões na conta de luz resultante de juros que será repassado ao consumidor até 2028.
O modelo de cálculo criado para indenizar concessionárias do setor elétrico em razão do controle tarifário do governo Dilma Rousseff (PT) levou a um passivo de R$ 50 bilhões resultante de juros que será repassado ao consumidor até 2028. Empresas afirmam se tratar de uma distorção.
O valor foi atualizado recentemente, quando associações recorreram à
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) contra a fatura. Elas pedem
reconhecimento de erro e correção do montante. A agência nega falhas
nas contas.
Onze distribuidoras que tiveram revisão tarifária aprovada nos
últimos meses incorporaram parte dos valores. Já foram atingidos
consumidores de: CPFL, em São Paulo; Energisa, em Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso e Sergipe; Coelba, na Bahia; Cosern, no Rio Grande do Norte (RN); Celpe, em Pernambuco; Enel, no Ceará; Equatorial, em Alagoas; Sulgipe, em Sergipe; e Cemig, em Minas Gerais.
No próximo mês, será a vez dos grandes consumidores, basicamente a
indústria, serem afetados. Isso elevará ainda mais a pressão sobre os
custos de produção de mercadorias em meio a alta da inflação e escassez
de energia.
Sob orientação do MME (Ministério de Minas e Energia), esse passivo
bilionário foi calculado pela Aneel e apontado como uma saída para
indenizar concessionárias do setor, incluindo as transmissoras, pela
prorrogação de contratos.
O problema começou em 2012. Naquele ano, uma medida provisória de
Dilma alterou regras do setor elétrico para baixar artificialmente o
preço da conta de luz.
No caso das transmissoras, em um primeiro momento, o governo obrigou
as concessionárias a praticarem preços muito baixos. A TUST (Tarifa de
Uso de Transmissão) refletiu, praticamente, apenas os custos da
operação.
Os investimentos não amortizados foram ignorados naquele momento, o
que obrigou o governo a, posteriormente, editar outra MP corrigindo o
erro.