Duas narrativas que o governo tenta emplacar com
parlamentares para salvar o mandato de Michel Temer podem ser extraídas
das informações do Painel da Folha:
1) Se insistir em rifar o presidente, a Câmara caminhará para um “haraquiri político”, dando o controle do país à Lava Jato.
As informações de que a proposta de delação de Eduardo Cunha
implicará não só Temer, mas a cúpula do Congresso, turbinam a tese – na
verdade, um apelo à autoproteção coletiva.
2) O PSDB erra ao achar que, abraçando o nome de Rodrigo Maia, criará
uma ponte segura para 2018, pois, se vingar, Maia será candidato à
reeleição, dividindo o grupo que dá sustentação a presidenciáveis
tucanos.
Pesa a favor da tese o fato de até Maia, que teve menos de 3% de votos para prefeito do Rio, ser capaz de assustar o PSDB.