A Globo News informou nesta sexta-feira (29) que o presidente interino Michel Temer está
sendo chantageado por Renan Calheiros e Ricardo Lawandowski.
De acordo com a
repórter de política da emissora, os presidentes do Senado e do Supremo
Tribunal Federal estariam unidos na proposta de adiar para setembro ou
outubro a votação em plenário do processo de impeachment de Dilma
Rousseff caso o presidente Temer não atenda às demandas espúrias
apresentadas ao poder Executivo.
De acordo com
a reportagem, Lewandowski quer uma ‘adequação’ no bizarro reajuste salarial de
41% para o Judiciário,
recentemente sancionado pelo presidente Michel Temer, a despeito do déficit
orçamentário de R$ 170 bilhões e da maior crise financeira da História do
Brasil. O reajuste será escalonado em oito parcelas até 2019, mas o presidente
do STF estaria pressionando pela ‘antecipação’ desse aumento para uma ‘cota
única’ em 2016, algo capaz de provocar um rombo nas contas públicas superior a
R$ 50 bilhões.
Já o senador Renan Calheiros está exigindo a nomeação do deputado
federal Marx Beltrão, seu correligionário no PMDB de Alagoas, para o
posto de titular do Ministério do Turismo, uma torneira de recursos públicos
aberta na Esplanada dos Ministérios e sem qualquer compromisso de
apresentar resultados reais.
A indicação
política de Marx Beltrão para o Ministério do Turismo era dada
como certa e contava até com misterioso endosso da AGU – Advocacia Geral da
União. Mas, no jargão de Brasília,
‘a nomeação subiu no telhado’ após uma matéria do Jornal Nacional, da Rede
Globo.
No último dia 19 de
julho, reportagem de Delis Ortiz revelou ao Brasil o
escárnio relacionado ao nome indicado por Renan: ‘Marx Beltrão responde a uma
ação penal no STF por crime de Falsidade Ideológica. Ele foi prefeito de Coruripe,
em Alagoas, entre 2005 e 2012. Pela denúncia do MPF, Beltrão fraudou
informações da dívida do município com a Previdência Social pra impedir o
bloqueio da transferência de verbas da União’
Fonte: Veja aqui a
reportagem
Em qualquer lugar
do mundo civilizado, seres da envergadura de Lewandowski e com a ‘capivara’ de
Renan já estariam amargando anos no xilindró. No Brasil são ‘excelências’,
são ‘autoridades’.
Helder Caldeira