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terça-feira, 18 de abril de 2017

Cúpula de segurança do estado discutiu “madrugada segura” em Caraubas/RN na Ufersa com a sociedade.


AgencGM-7 * Caraubas/RN – Parabéns aos três poderes e a cúpula da policia militar do estado. “Segurança é um dever do estado, não do município”. O auditório da UFERSA foi palco de um momento histórico nesta terça(18/04) para o município de Caraubas, cidade cravada no meio do Sertão potiguar.. Presentes, todos os comandantes em todas as áreas de segurança estadual.
Com a sociedade presente foi debatido o tema de insegurança (”Madrugada Segura”) que ora vive o solo norteriograndense, especialmente em Caraubas/RN e região que passa por momentos criticos com roubos, furtos e assaltos.
Preocupado com a proporção da onda de assaltos que tomou de conta na terra das caraubeiras, o prefeito Junior Alves(PSD),  em reunião com a cúpula de segurança do estado, com sua equipe e o Poder Legislativo conseguiram uma solução de combate com o “Madrugada Segura”. 

As diligencias do “Madrugada Segura” é uma ação continua da politica estadual da PM que visa coibir as frequentes ondas de assaltos e roubos a bancos nas regiões do estado. A sede do contingente será em Caraubas, a base será numa residência patrocinada pela gestão com que ajuda com alimentação. Quem ganha é Caraubas, quem ganha é a população.
O prefeito Junior Alves deu as boas vindas depois que os cerimonialistas (Vivian Cristina e Paulo Walter) passaram o microfone. Assim se expressou o gestor:

Para acelerar Lava Jato, STF deve discutir foro privilegiado em maio


Para acelerar Lava Jato, STF deve discutir foro privilegiado em maio: Ministra Cármen Lúcia disse informalmente a colegas da Corte que ação será julgada na segunda quinzena de maio  
© Reuters Ministra Cármen Lúcia disse informalmente a colegas da Corte que ação será julgada na segunda quinzena de maio 
 
- A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, deve pautar para a segunda quinzena de maio uma ação que restringe a regra do foro privilegiado de políticos. A medida poderia agilizar o andamento de processos da Lava Jato.

A abertura de 76 novos inquéritos pela força-tarefa deixa a Corte com falta da estrutura para conduzir os processos em grande quantidade, incomum para os padrões do tribunal.

Segundo a jornalista Andréia Sadi‏ disse à Globo News, a ministra já comunicou informalmente aos seus colegas do STF que o tema deve ser abordado na Corte.

O ministro Luís Roberto Barroso liberou a pauta em fevereiro deste ano. O magistrado defende somente autoridades que cometerem crimes durante o mandato sejam julgados pelo Supremo. Atualmente, o foro especial vale para qualquer crime atribuído a autoridades, independentemente de quando foi cometido e do tipo de crime praticado.

Suíça fornece dados de servidor da Odebrecht ao Brasil sobre o caminho do dinheiro

 Odebrecht na Suíça: Sede da empresa Safe Host, em Genebra, que guardava o servidor da Odebrecht no país
  © Jamil Chade/Estadão 
Sede da empresa Safe Host, em Genebra, que guardava o servidor da Odebrecht no país
 
GENEBRA - A Suíça compartilhou com os procuradores da Operação Lava Jato dados do servidor da Odebrecht no país referentes a pagamentos de propinas, com datas, beneficiários e rota disponível do dinheiro. No total, os suíços confiscaram 2 milhões de documentos, e-mails, extratos bancários e contratos sobre movimentações financeiras da construtora em todo o mundo.
Os dados, segundo os procuradores, devem confirmar conteúdos de delações premiadas de ex-executivos da empresa contra versão contestatória de quase a totalidade dos políticos que são alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal. O senador Romero Juca (PMDB-RR) chegou a chamar os depoimentos de "ficções premiadas".
 
Quando a Lava Jato começou em 2014, parte dos rastros de pagamentos no Brasil pela Odebrecht foi destruída. Já o servidor que armazena as movimentações de dinheiro da empresa direcionado a propinas foi mantido em Genebra. Sua existência foi revelada pelos próximos ex-funcionários da construtora.
Em janeiro deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estava com uma reunião marcada com o procurador suíço Michael Lauber, em Berna. Antes do encontro, os suíços disseram a Janot que teriam uma “boa notícia” em relação aos dados dos servidores. Mas a reunião jamais ocorreu, já que horas antes o brasileiro teve de retornar ao País por causa da morte do ministro do Supremo, Teori Zavascki.
Até agora, foram mais de mil relações bancárias identificadas com a Odebrecht em contas na Suíça, com o bloqueio inédito de mais de US$ 1 bilhão. Os dados também mostraram que, apenas pelas movimentações da Odebrecht, cerca de US$ 635 milhões passaram pelas contas secretas.
Destruição.
Em documento obtido pelo Estado no Tribunal Federal Suíça, de 21 de dezembro de 2016, os suíços informam que houve tentativa da Odebrecht em destruir as informações do servidor da empresa mantido no país. “Grande parte dos dados foi deletado antes por ordens da direção ou foi encriptada. Mas elas puderam ser restauradas e decriptadas”, indicou o documento.
“Além disso, milhares de listas foram confiscadas e partes de pagamentos registrados no sistema de contabilidade paralelo foram listadas, com referência às datas dos pagamentos, o valor e o número de codinomes dos recipientes, além da pessoa responsável pelo pagamento”, dizem os suíços.
'Armadilha'.
O acesso ao servidor começou a se tornar uma realidade quando Fernando Miggliaccio, ex-executivo da Odebrecht e responsável por fazer pagamentos de propinas, foi preso em Genebra. Em seu depoimento diante do juiz federal Sérgio Moro, ele contou que foi vítima de uma “armadilha” por parte do Ministério Público da Suíça. Miggliaccio foi preso em Genebra em fevereiro de 2016 e sua detenção foi considerada como fundamental para os investigadores.
Os dados que estavam com ele eram considerados essenciais para entender o pagamento de supostas propinas em diversos países.
No início da Lava Jato, Miggliaccio foi transferido para fora do Brasil e passou a viver entre a República Dominicana e os Estados Unidos. Em fevereiro do ano passado, Miggliaccio revelou que recebeu uma ligação de um dos bancos onde tinha conta em Genebra, solicitando sua presença física para fechar a conta. “Eu tinha uma conta. É um direito que todos temos”, disse. “Mas o procurador da Suíça armou uma armadilha para mim”, revelou.
“Ele (o procurador) sabia que eu ia lá fechar a conta. Eles na Suíça já tinham conhecimento das denúncias da Odebrecht e sabia que eu era quem contralava tudo isso. Por isso, armou isso”, disse. “Eu não queria ir para lá (Genebra). Foram eles que ligaram para que eu fosse para lá. Depois, ele (o procurador) me disse que montou a armadilha”, disse.
Miggliaccio passou a responder a um processo por lavagem de dinheiro na Suíça e prestou, nos três meses preso, um total de 14 depoimentos. Em meados do ano passado, depois de aceitar fechar um acordo de delação premiada no Brasil, voltou ao País. 

Delator diz que tratou de caixa 2 com deputado “Garanhão”

Fábio Faria, o deputado “Garanhão” das planilhas da Odebrecht 
  © image/jpeg Fábio Faria, o deputado “Garanhão” das planilhas da Odebrecht 
 
O executivo Alexandre José Lopes Barradas disse em delação premiada que tratou do pagamento de caixa 2 em 2010 diretamente com o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), conhecido como “Garanhão” na planilha da empreiteira.
Na época, Fábio Faria concorria a uma cadeira na Câmara dos Deputados, enquanto o pai, Robinson Faria (PSD), era o vice na chapa encabeçada por Rosalba Ciarlini (PP) na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte. Hoje, Robinson é o governador do Estado e Rosalba, prefeita de Mossoró.
“Ele (Fábio Faria) falou que precisava de R$ 100 mil pra campanha dele e R$ 350 mil seriam repassados pra campanha majoritária (de Rosalba Ciarlini ao governo estadual), mas essa conversa foi só com ele. Não teve o pai dele nessa conversa”, disse Barradas em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Indagado se o parlamentar perguntou de onde vinha o dinheiro, Barradas foi categórico: “A maneira de fazer (o repasse) foi logo colocada: ‘Agora eu não tenho condições de fazer forma oficial, eu tenho de fazer via caixa 2…’ Isso foi falado”.
Rosalba foi eleita governadora do Rio Grande do Norte no primeiro turno das eleições com 52,46% dos votos válidos. Fábio Faria, por sua vez, garantiu uma cadeira na Câmara dos Deputados naquela eleição.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Barradas tinha a função de identificar lideranças políticas que pudessem apoiar e criar um ambiente favorável aos projetos de parcerias público-privadas e privatizações no mercado de saneamento.
“Toda doação de uma empresa tem sempre uma ideia… Ou ela vai apoiar uma pessoa pelas ideias, mas sempre um sentimento… Até uma instituição de caridade você doa porque está vendo um trabalho bem feito ali. Toda doação tem sempre um objetivo”, comentou Barradas em seu depoimento.
“Você não pode apoiar um candidato com ideias estatizantes, vai ser um choque. Porque se o cara é estatizante, está na contramão daquilo que nós vendemos”, explicou o delator.
Segundo Barradas, a questão do saneamento foi um dos principais pontos discutidos com Rosalba, que lhe teria prometido que a área seria prioridade de sua gestão, caso fosse eleita.
Para Janot, as condutas narradas “não se tratam de mera doação eleitoral irregular”. “Vislumbra-se, na verdade, uma solicitação indevida em razão da função pública que se almeja ou que ocupa, a pretexto de campanha eleitoral. Por esta razão há fortes indícios de que se está diante de crimes graves que precisam ser minuciosamente investigados. O recebimento de valores a pretexto de doação eleitoral pode configurar verdadeiro ato de corrupção com um lastro de dependência entre recebedor e doador que pode ser cobrado imediata ou futuramente, não determinado, mas certamente determinável”, escreveu o procurador-geral da República, ao pedir a abertura de inquérito.
A reportagem não obteve resposta do deputado federal Fábio Faria do governador Robinson Faria e da prefeita Rosalba Ciarlini. Além de Robinson Faria, outros dois governadores são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht: o de Alagoas, Renan Filho (PMDB), e o do Acre, Tião Viana (PT).