Pela liderança do PT, o deputado Afonso Florence
(BA), defendeu novamente a rejeição do pedido de impeachment, o qual
classificou de golpe, destacando que, quando do momento da formação da
comissão especial, foi garantido que haveria isenção na condução dos
trabalhos. “No entanto, após o cerceamento da defesa da presidente da
República nesta sessão e os argumentos já apresentados pelo
Advogado-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, ficou claro que não
há crime de responsabilidade”, afirmou.
Florence criticou ainda a atuação do vice-presidente, Michel Temer,
que considerou “claramente a favor do impeachment”. Ele lembrou ainda
que, mesmo junto a manifestantes favoráveis ao impeachment, no dia 13 de
março último, lideranças partidárias da oposição “foram expulsas pela
população”, disse ele. “A Lava-Jato chegou a um ponto em que vai apontar
para o PSDB, o DEM e por isso esse acerto do Temer prevê a paralisação
das investigações”, disse.