O quadro eleitoral, desde esta terça(07/nov) depois do novo julgamento de Vaccari, fica evidente e mais claro a possibilidade de não se ter Lula na disputa presidencial, mesmo sabendo que ele lutará com unhas e dentes e usará os seus seguidores nas redes para reverter o quadro. Lula deverá ser condenado pelo TRF-4, não há escapatóroria. O recado foi dado, afirmam os analistas mesmo sabendo que cada julgamento é um julgamento. E se for livre, o que não é facil?
Neste momento, Luciano Huck já tem um partido. Qual?
Leia o comentário de Merval Pereira, em O Globo:
“Se a campanha deixar de ser polarizada com a saída de Lula da
disputa, Alckmin surge como uma possibilidade conciliadora juntamente
com Marina Silva da Rede, retirando da candidatura de Bolsonaro a marca
de antilula com que se distingue hoje. Apesar de os partidos políticos
tradicionais, como o PSDB, desmoralizados diante da opinião pública,
terem pouca força eleitoral neste momento.
Por isso a confirmação, dada pelo presidente do PPS Roberto Freire,
em entrevista ao blog O Antagonista, de que a candidatura de Luciano
Huck pode se tornar realidade ganha ares de fato novo. O que faz de Huck
um candidato alternativo está muito bem definido por Freire nessa
entrevista: ‘Ele (Huck) surgiu diante do imponderável. Há uma certa
perplexidade sobre como serão as eleições em 2018. Os partidos todos
estão em deterioração. Está claro que os brasileiros não querem mais do
mesmo.’
O presidente do PPS acrescentou: ‘Este pode ser justamente o ativo do
Huck: alguém que, cercado de pessoas capacitadas e com ética, surja
descolado das estruturas políticas que estão aí. Mas será que isso terá
força até outubro do ano que vem? Muita gente acredita que sim, que o
Huck se transformará em um fenômeno. Nós temos que esperar.’
Para se transformar em fenômeno Luciano Huck teria que usar seu
grande ativo explícito, que é a popularidade que lhe dá o programa de
televisão junto a um público que, teoricamente, é eleitor de Lula,
principalmente no nordeste.
Os dois candidatos, Alckmin e Huck, são as alternativas à mão de uma
ampla classe média que não se satisfaz com a polarização entre Lula e
Bolsonaro.”