Para compensar eventuais baixas, o Palácio do
Planalto trabalha para conseguir novos votos pelo impeachment da
presidente afastada Dilma Rousseff.
Pela contabilidade do governo, será possível até mesmo ampliar a
margem de votos na votação final. Na votação da admissibilidade do
processo, foram 55 votos favoráveis. Integrantes do governo trabalham
para ampliar a margem de segurança. Para que o impeachment seja
aprovado, será preciso um mínimo de 54 votos.
Com indefinição de alguns senadores, aliados do presidente em
exercício Michel Temer passaram a trabalhar o PMDB para virar votos.
Entre as prioridades, estão os
senadores Jader Barbalho (PA) e Eduardo Braga (AM), ausentes na votação
da admissibilidade, João Alberto (MA), que votou contra, e o senador
Pedro Chaves (PSC-MS), suplente do senador cassado Delcídio do Amaral.
Para um auxiliar de Temer, com esses quatro votos, haverá uma margem
de segurança para compensar baixas. Até mesmo o voto do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), passou a ser alvo do Palácio do
Planalto.
A expectativa é que Renan se posicione pelo impeachment, já que não
precisará presidir a sessão, que será comandada pelo presidente do
Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski.
“Há muita pressão. Tem muita alma querendo reza. O leilão vai começar”, disse um aliado de Temer.