PT usa dinheiro público para bancar o Lula Livre e farra de passagens, hotéis e jantares para visitas ao ex-presidente
ISTOÉ mostram que o movimento dificilmente ficaria
em pé e sua voz ecoaria Brasil afora se não houvesse farta utilização de
recursos públicos.
Prestações de contas da Executiva Nacional petista ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) sobre o montante destinado ao partido pelo
Fundo Partidário comprovam que o PT usou dinheiro da União — ou seja,
público — na compra de passagens aéreas, diárias de hotéis e alimentação
para os petistas irem a Curitiba pedir a soltura do ex-presidente, no
pagamento de locação de veículos, no aluguel de salas para reuniões e,
até mesmo, no custeio do trabalho de seguranças privados em atos
registrados em favor do “Lula Livre”. Em especial, no acampamento
erguido próximo à sede da PF de Curitiba.
Do bolso do petista que ostentava estrelinha no peito e faixa rubra
na cabeça saiu muito pouco ou quase nada. Já do Fundo Partidário (uma
verba pública) foi utilizado em 2018 quase R$ 1 milhão.
Independentemente do valor, o importante é que princípio da lei que rege
a utilização do recurso público foi quebrado. Advogados eleitorais
ouvidos por ISTOÉ afirmam que o partido contrariou frontalmente o que
determina a Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), já que o Fundo
Partidário destina-se a sustentar as atividades de organização meramente
partidárias, não iniciativas de promoção pessoal de seus filiados, como
se verifica clara, expressa e indiscutivelmente no movimento pela
libertação do ex-presidente.
A farra das passagens
As planilhas às quais ISTOÉ teve acesso somam aproximadamente 10 mil
páginas. Elas revelam que a legenda bancou com a verba despesas de boa
parte de seus dirigentes para que eles estivessem presentes em São
Bernardo do Campo durante o ato de resistência à prisão de Lula, na sede
do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entre os dias 6 e 7 de abril de
2018, ou nos dias seguintes em Curitiba, para onde o petista foi levado
preso. Os gastos se estenderam a eventos que pediam a libertação do
petista nos meses de maio e começo de junho.