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O presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), disse nesta sexta-feira (11) que o pedido de prisão
preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi "exagerado.
Entretanto, segundo o G1, ele ponderou que não leu o teor da denúncia do
Ministério Público de São Paulo.
A prisão preventiva de Lula e de
mais seis pessoas, foi decretada pelo MP-SP, na denúncia em que acusa o
ex-presidente de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica de um
apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. A defesa de
Lula nega que ele seja proprietário do imóvel.
A juíza Maria
Priscila Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, decidirá se
acata ou não a denúncia e se decreta a prisão de Lula ou não , tornando
réus outros 16 acusados pelo MP na ação. A juíza não tem prazo para
tomar essa decisão. "Eu acho o seguinte: tudo aquilo que é exagerado,
nunca é bom. Tudo tem o seu ritmo, o seu caminho e dentro sempre se deve
respeitar a legalidade. Mas ressalto, eu não li, não tenho base para
poder comentar, mas aparentemente me pareceu exagerado", disse Cunha.
O
Instituto Lula afirmou, em nota, que o pedido de prisão é uma "prova da
parcialidade" do promotor do caso. Antes havia dito que a denúncia não
tem base na realidade.
Segundo os promotores, Lula precisa ser
preso preventivamente porque, solto, é uma ameaça à ordem pública,
podendo destruir provas, entre outras ações. Eles afirmaram que o
ex-presidente tentou utilizar sua influência para frear as investigações
e inflamar a população contra as investigações do MP e as decisões da
Justiça.
Eles dizem ainda, que Lula e seus apoiadores fazem
"manobras violentas, com defesa pública e apoio até mesmo da Presidente
da República, medidas que somente tem por objetivo blindar o denunciado,
erigindo-o a patamar de cidadão 'acima da lei', algo inaceitável no
Estado Democrático de Direito brasileiro, pois é inadmissível
permitir-se o tumulto do estado normal de trâmite das investigações e do
vindouro processo crime".