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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Cai o" P" das lutas e entra o MDB de Tancredo Neves e do pai de todos partidos

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Na epoca da ditadura o MDB foi uma grande arvore frondosa que abrigou todos os partidos de esquerda do país, inclusive Lula.

No governo Sarney, o partido foi inchando e se descaracterizando. Foi inclusive essa situação que levou à criação do PSDB: os tucanos nasciam para recuperar o que tinha sido descaracterizado no PMDB. Mas, no poder, os tucanos também incharam e se descaracterizaram. E não foi diferente com o PT na Presidência. (O poder atrai, a fazer bobagens, esquecendo das coisas mais essenciais do pais fazendo o povo simples gemer).
Agora, o MDB extingue o P em busca de um retorno da identificação da sociedade com seus tempos de glória. Mas não são mais os chamados “autênticos” daquela época que comandam o partido. Mas os que entraram depois. Terá de provar que não é mera estratégia de marketing. Que não é mero “golpe de P”…
Numa das faixas do LP Joia, aquele que tem a famosa capa em que aparece nu, ao lado de sua então mulher, Dedé, e de seu filho, Moreno, Caetano Veloso demonstrava a importância que podia ter uma letra P. Acompanhado da banda de pífanos de Caruaru, Caetano começava a letra de “Pipoca Moderna” pontuando uma situação marcada primeiro pela letra N. “E era nada de nem noite de negro não”. Mais adiante, esse quadro sombrio descrito era abalado pela tal presença do P. “Porém, parece que há golpes de P, de pé, de pão, de parecer poder”.

Era 1975. Eram os negros tempos da ditadura militar. E era curioso que Caetano escolhesse o P para ilustrar a resistência àquele sombrio “não”. Porque, na época, essa resistência era representada por um partido sem P, o MDB. Um partido que ganhou o P no início da redemocratização, como uma das últimas imposições definidas pelo regime militar. Um partido que, com o novo nome de PMDB, descaracterizou-se, hoje abrigando uma boa leva de políticos investigados, denunciados e condenados por corrupção, com uma pecha de fisiologismo. Esta semana, o PMDB resolveu eliminar de novo da sua sigla o P. Mas será que tem mesmo alguma chance de retornar ao que era quando se chamava somente MDB? Ou tudo não passará de um mero “golpe de P”?

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