O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta
terça-feira que não há conflitos na Casa em torno da reforma política.
Na segunda-feira, ele havia criticado o relatório da comissão especial
que analisa a matéria. Cunha mantém a crítica, mas ressalta que a ideia é
construir um texto cuja votação seja viável: “O que eu critiquei
fortemente, e repito, é interferir no modelo de eleição dos senadores.
Isso inviabiliza a reforma como um todo. Porém, no restante, não. A
expressão da maioria vai se fazer presente.”
O relator da reforma política, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI),
havia previsto a redução, dos atuais oito anos para cinco anos, da
duração dos mandatos dos senadores. Nesta terça-feira, Marcelo Castro
apresentou nova mudança no texto, incluindo o mandato de cinco anos para
todos os ocupantes de cargos eletivos, inclusive senadores. Porém, os
senadores eleitos em 2018 terão mandatos de 9 anos. Eles passariam a ter
mandatos de 5 anos apenas a partir de 2027.
Eduardo Cunha reiterou que um acordo foi costurado para a votação da
matéria no Plenário começar na terça-feira da próxima semana, à noite.
As sessões de terça a quinta-feira serão destinadas à apreciação da
reforma política. “Dependendo da forma que sair esse relatório, ele pode
engessar, fazer com que não se vote mais nada. Porque se um destaque de
preferência de uma PEC apensada for aprovado, vai prejudicar o conteúdo
de todas as outras PECs. Regimentalmente é assim e quero evitar isso”,
explicou. “Portanto, a minha ponderação é: se o impasse for muito
grande, votar na comissão um relatório que engesse pode ser pior para
que o Plenário possa se manifestar. Mas vamos dar a oportunidade para
que eles votem”, concluiu.
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