Telegramas diplomáticos trocados entre chefes de postos brasileiros
no exterior e o Ministério das Relações Exteriores, entre 2011 e 2014,
indicam que as atividades do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em
favor do grupo Odebrecht no exterior foram além da contratação para
proferir palestras, diferentemente do que o petista e a construtora têm
sustentado.
Os documentos apontam que Lula, em pelo menos duas ocasiões, atuou
para beneficiar a Odebrecht — uma delas, com pedido expresso para que o
primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, desse atenção aos
interesses da companhia num processo de privatização naquele país. Em
outra, Lula atuou na prospecção para aperfeiçoamento da matriz
energética cubana relacionada a Mariel, onde a empreiteira construiu um
porto com recursos do BNDES. Na época, Cuba buscava financiamento
externo para um ambicioso programa de modernização na área.
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