“O descrédito político que existe hoje com relação ao Congresso
Nacional vai continuar, a não ser que enfrentemos com profundidade a
questão da reforma política”. A advertência foi feita pelo senador
Garibaldi Filho, na noite desta quinta-feira (20), da tribuna do
Plenário. Ele opinou que as modificações aprovadas até então pela
Comissão Temporária da Reforma Política e os destaques que deverão ser
analisados na próxima terça-feira (25) “são de uma pobreza franciscana”.
Depois que a Comissão Temporária concluir o seu trabalho, o assunto
será encaminhado para deliberação do Plenário. “Por mais que sejamos
otimistas, o Plenário também vai ter que se dobrar à discussão desse
varejo”, afirmou Garibaldi Filho. Ele opinou que o Senado não pode
apenas se limitar a discutir alterações paliativas para as próximas
eleições municipais, mas se debruçar a debater temas como uma profunda
reforma no sistema partidário.
“Não está se discutindo o voto distrital ou esse sistema atual que
permite a existência de 29 ou 30 partidos políticos”, observou o senador
Garibaldi Filho. Ele lamentou que a reforma política tenha se diluído e
os temas mais importantes tenham sido abandonados. “Essa não é a
reforma dos sonhos de nenhum parlamentar que tenha a consciência de que a
população anseia por uma reforma que altere as nossas instituições
políticas”, afirmou.
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