A
regularização das chamadas “pedaladas fiscais” (atrasos no repasse de
recursos devidos pelo Tesouro aos bancos públicos) ficará de fora do
cálculo do déficit até a decisão final do Tribunal de Contas da União
(TCU) sobre o tema. O governo espera que o Tribunal indique se a dívida
precisa ser paga à vista ou pode ser parcelada. O governo encaminhará ao
Congresso Nacional até amanhã mensagem propondo mudança na meta fiscal
para 2015, com projeção de déficit entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões.
Ministros da área econômica e parlamentares da Comissão Mista de
Orçamento passaram o fim de semana fazendo cálculos para fechar as
contas.
Segundo o deputado Hugo Leal (PROS-RJ), relator da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2015, a nova meta vai considerar apenas a
frustração de receitas do Orçamento. Ele informou que o objetivo é votar
o relatório com as alterações na meta juntamente com o projeto da LDO,
na próxima quarta-feira. “Essa é a linha que vou trabalhar. Com a
frustração e a queda das receitas, o déficit ficará em torno de R$ 50
bilhões, mais para baixo do que para cima”, disse o parlamentar ao
jornal O Globo.
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