A entrada
não autorizada de um pastor para a realização de culto religioso na
concentração da seleção brasileira fez com que a CBF demitisse o chefe
de segurança do time comandado por Dunga. Nomeado pelo ex-presidente
José Maria Marin, o coronel Moacyr Alcoforado acabou perdendo seu cargo
após o mal-estar gerado na comissão técnica.
O incidente aconteceu durante os amistosos da equipe nos Estados Unidos, ainda em setembro.
Na
ocasião, o pastor Guilherme Batista, de 25 anos, postou fotos e vídeos
nas redes sociais rezando com os jogadores e agradeceu em suas postagens
a David Luiz e Kaká pelo convite para oração no hotel em que estavam
hospedados.
Nas imagens do missionário de Goiânia, também
aparecem Alisson, Douglas Santos, Douglas Costa, Fabinho, Jefferson,
Lucas Moura, Marcelo Grohe e Lucas Lima. Ele chegou a posar ainda ao
lado do técnico Dunga, que explicou posteriormente ter pensado se tratar
apenas de um torcedor comum.
O tetracampeão mundial ficou indignado com Batista, que, em sua avaliação, teria tentado se promover.
Aliado
a isso, pesou na decisão de troca da chefia de segurança a reunião
religiosa sem o conhecimento de qualquer membro da CBF, deixando de lado
o seu veto a manifestações dessa natureza dentro do ambiente do time.
Foi a gota d'água para a mudança e o 'puxão de orelha' nos atletas.
"Não
permiti. Nem eu, nem o Gilmar (Rinaldi) e nem a seleção. Dentro da
seleção, as coisas são feitas com transparência. Nós temos uma sala onde
os jogadores podem receber seus familiares ou pessoas mais perto. Não é
que nada é proibido, mas na seleção brasileira não é local de exposição
religiosa, política. Ali nós temos que nos concentrar no que estamos
fazendo, que é jogar futebol apenas", afirmou Dunga, logo após o
episódio.
Aloísio Rocha Júnior esteve à frente da segurança da equipe em seus compromissos nestas Eliminatórias.
O
Brasil fechou o ano na terceira posição na corrida por 2018, com sete
pontos, cinco atrás do líder Equador. Ele volta a campo em 24 de março,
contra o Uruguai, na Arena Pernambuco, no Recife.
Procurada pela reportagem do ESPN.com.br, a CBF disse que não comenta assuntos internos.
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