Cassio
Conserino, o promotor de Justiça de São Paulo, considera ter obtido
indícios suficientes para denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva pelo crime de lavagem de dinheiro em investigação sobre um
apartamento triplex que tinha sido reservado pela construtora OAS para a
família do ex-presidente.
A avaliação do promotor do Ministério
Público estadual foi informada pela revista "Veja" na sexta-feira (22)
no site da publicação. Segundo Conserino, as provas de que a OAS
procurou favorecer Lula são fortes, mas o petista ainda terá
oportunidade de apresentar defesa no decorrer das apurações para tentar
evitar o oferecimento da acusação formal.
Lula é investigado em
uma apuração sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da
cooperativa habitacional Bancoop para a OAS em 2009. A Promotoria apura
também se a empreiteira usou apartamentos do prédio, localizado na praia
de Astúrias, no Guarujá (SP), para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas
indevidamente.
Um dos sócios de uma empresa que executou a
reforma no triplex, conforme revelou a Folha de São Paulo em dezembro,
paga pela OAS afirmou em depoimento ao promotor que em meados de 2014
estava em reunião no apartamento com um coordenador de projetos da
empresa quando foi surpreendido com a chegada da mulher de Lula, Marisa
Letícia, acompanhada de três homens.
O depoente disse que
posteriormente identificou que entre esses homens estavam o então
presidente da OAS Léo Pinheiro, que chegou a ser preso na operação Lava
jato, e um dos filhos de Lula, Fábio Luís, conhecido como Lulinha.
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