O Planalto reconhece que a adesão aos protestos
pró-impeachment foi expressiva, mas aposta no ato do dia 18, com a
presença de Lula, para mostrar resistência. O governo admite, no
entanto, que dificilmente conseguirá número similar nas manifestações
pró-Dilma. Com o veto deste domingo, petistas se apegam às vaias aos
tucanos como sinal de que o espólio das ruas não foi conquistado pela
oposição. Parece pouco para quem terá de enfrentar duríssima votação do
impeachment. A avaliação é de Natuza Nery, na sua coluna da Folha de
S.Paulo desta segunda-feira.
Na avaliação do PT, — diz a colunista, — a hostilização ao governador
Geraldo Alckmin e ao senador Aécio Neves na Paulista mostra que a
situação política no país é ainda mais preocupante, com uma “raiva”
generalizada em relação a todos os partidos. “A história já mostrou
diversas vezes que quando há a negação da política, a sociedade corre
sério risco de cair em regimes ditatoriais. Não sabemos para onde
vamos”, diz um dirigente petista.
Embora não deixe de reconhecer a repulsa ao PT, ao ex-presidente Lula
e ao governo Dilma Rousseff, parte do PT viu nos atos deste domingo
espaço para que a presidente passe a dar mais atenção às pautas da
esquerda e dos movimentos sociais.
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