BRASÍLIA - O presidente em exercício Michel Temer anunciou nesta
terça-feir(24) a um primeiro pacote de medidas para melhorar a condição das
contas públicas do País. Não é considerado, neste primeiro momento, um
aumento da carga tributária. Entre as medidas, está uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) para limitar o crescimento da despesa
primária total.
"[O texto] está sendo redigido e acredito que até
semana que vem teremos completado esse trabalho", disse Temer. Segundo
ele, a proposta é de um limite para crescimento da despesa seja
equivalente a inflação do ano anterior. "O Congresso continuará com
liberdade absoluta para definir crescimento do gasto."
O ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, estimou em 1,5% a 2% do Produto Interno
Bruto (PIB) o impacto da fixação de um teto para as despesas públicas
daqui a três anos. Meirelles disse que caberá ao Congresso Nacional
definir o teto das despesas públicas e também dos critérios de
vinculação das despesas de saúde e educação a esse limite e não mais às
receitas líquidas. "É parte fundamental e componente estrutural dessa
PEC que as despesas de Saúde e Educação sejam parte desse processo de
mudança das regras de crescimento das despesas públicas", afirmou.
Depois
de fixado o teto, o Congresso também terá liberdade, segundo o
ministro, de alocar as despesas obedecendo os limites constitucionais.
De acordo com Meirelles, o teto das despesas dá uma "sinalização de
longo prazo" muito importante.
Meirelles explicou ainda que o
teto de despesas, se aprovado pelo Congresso, será fixado em 2017 com
base no valor total das despesas e da inflação em 2016. "É um mecanismo
direto, simples e objetivo". Medidas complementares precisarão tomadas,
como a reforma da Previdência.
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