Apesar
de intensa movimentação e da ajuda de integrantes do Palácio do
Planalto, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), terá enorme dificuldade de conseguir barrar seu processo de
cassação na Comissão de Constituição e Justiça. Principal comissão da
Câmara, a CCJ era a sua última esperança de tentar escapar da punição,
mas a tendência é a de que o colegiado rejeite o recurso em que ele pede
a anulação do parecer do Conselho de Ética favorável à perda do
mandato.
A operação deflagrada na sexta (1º) sobre esquema de desvio de
recurso do FGTS, na qual Cunha é um dos principais suspeitos, minou
ainda mais as suas já frágeis possibilidades de salvar-se.
Afastado das funções há quase dois meses por decisão unânime do
Supremo Tribunal Federal, Cunha havia conseguido nos últimos dias obter
sinais de auxílio do Planalto, o que incluiu um encontro a sós com o
presidente interino, Michel Temer.
Desde então foram intensificadas as articulações para tentar
pressionar o PSDB a lhe garantir os votos necessários na CCJ. A
comissão, que começa a analisar na quarta-feira (6) seu recurso, tem 66
integrantes. Calcula-se que o peemedebista tenha de 25 a 27 dos votos.
São sete os tucanos titulares na comissão
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