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Polícia Civil da Paraíba está fazendo um alerta para um novo golpe,
feito por meio de aplicativos de mensagens no celular, como o WhatsApp.
Segundo o delegado Lucas Sá, os criminosos clonam laptops ou aparelhos
celulares para pedir dinheiro com urgência a amigos ou parentes dos
proprietários dos equipamentos sem levantar suspeitas.
Na última terça-feira (5), o servidor público João Lopes foi vítima
do golpe. Ele recebeu mensagens de um grande amigo no aplicativo
WhatsApp, dizendo que precisava de dinheiro com urgência. Nas mensagens,
o suposto amigo pedia que João transferisse um valor, prometendo
devolver o dinheiro em espécie.
“Era final de noite. Recebo uma mensagem no WhatsApp. Eu estava
assistindo TV, olhei e percebi que era um grande amigo meu que costuma
viajar. Ele havia me solicitado se eu tinha acesso ao banco via
computador ou celular e se poderia fazer uma transferência para ele, de
urgência, que ele estava necessitado”, lembrou João. Quem estava
falando com João tinha o mesmo número, foto e histórico de conversas do
amigo, mas era um golpista. Ele ainda tentou ligar para o amigo, mas não
conseguiu e acabou transferindo R$ 1 mil.
“Quando nós conversávamos, a conversa que andava era a mesma que a
gente tinha sempre. A pessoa que estava falando comigo tinha
conhecimento de tudo que gente já tinha falado antes pelo WhatsApp”,
explicou.
Ele só percebeu o golpe duas horas após ter feito a
transferência, quando um outro colega ligou avisando que o telefone do
amigo verdadeiro havia sido bloqueado e clonado e que alguém estava
pedindo dinheiro no nome dele.
Na delegacia, João encontrou outras pessoas vítimas do mesmo tipo de
golpe. “Tinha mais duas pessoas na espera. Duas pessoas esclarecidas. A
gente pensa que a pessoa é boba. Eu tentei fazer uma ligação telefônica
no celular primeiro, antes de fazer a transferência e dava desligado ou
ocupado. A gente percebe que pessoas esclarecidas estão sendo vitimas
desse golpe”, disse João.
O delegado Lucas Sá explicou que esse golpe é difícil de ser
percebido pela vítima. “O objetivo da fraude é utilizar de informações
indevidas, criar uma situação ilusória, uma situação de aparente
vantagem, uma situação de necessidade e obter os valores. Então esse
tipo de fraude é muito difícil de se prevenir. O que a vítima pode fazer
é tentar buscar referências, entrar em contato com essa pessoa, antes
de passar qualquer valor”, recomendou. O autor do golpe ainda não foi
localizado pela polícia. A Delegacia de Defraudações e Falsificações de
João Pessoa segue investigando o caso.
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