Em um país que contabiliza 11 milhões de
desempregados e a tramitação de 3 milhões de novos processos judiciais a
cada ano, a Justiça do Trabalho é que pede socorro. Diante de um corte
orçamentário de 30% nas despesas de custeio e de 90% na verba para
investimentos, tribunais trabalhistas ameaçam não funcionar a partir do
mês que vem.
Entidades representantes da categoria alegam que para
fechar as contas dos 24 tribunais regionais do Trabalho (TRTs) no Brasil
até o fim deste ano seriam necessários pelo menos mais R$ 250 milhões.
Em abril, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, já havia feito o alerta ao
afirmar que os efeitos da crise econômica e política do país fariam com
que a Justiça trabalhista cruzasse os braços.
Segundo ele, além de
cortes no orçamento que reduziram recursos para manutenção e
investimentos em sistemas eletrônicos da Corte, o crescimento das
demissões no país aumentou o número de ações em tramitação na Justiça do
Trabalho.
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