Agência O Globo
- Apesar de terem definido que o tom das perguntas na sessão em que a
presidente afastada Dilma Rousseff deporá no Senado, nesta
segunda-feira, será respeitoso, os senadores da base aliada a Michel
Temer afirmam que, caso a petista parta para o ataque, haverá resposta.
—
Nossa disposição é de fazer perguntas duras e técnicas sobre os crimes
que a presidente afastada cometeu, mas caberá a ela dar o tom. Se o tom
for de provocação, responderemos à altura — disse o presidente do PSDB,
Aécio Neves (MG), após reunião dos líderes da base aliada ao governo
Temer.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) também não pretende
ficar calado caso haja provocação. Disse que, se Dilma falar em "golpe",
será repreendida:
— Falar em golpe é provocar. Se ela vier neste tom, vamos responder, chamá-la de mentirosa.
Líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) foi na mesma linha:
— A cada ação corresponde uma reação — afirma Caiado.
Aécio
afirmou ainda que, ao contrário do que estava programado, todos os
senadores de seu campo político decidiram que farão perguntas a Dilma.
Inicialmente, a previsão era que apenas cerca de 25 perguntassem, contra
os 20 inscritos favoráveis a Dilma.
Os aliados da petista também
mudaram a estratégia e trocaram o senador Paulo Paim (PT-RS) pela
senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) como primeira inscrita nas perguntas a
Dilma. Kátia, que foi ministra de Dilma, tem se destacado pela defesa
contundente da sua ex-chefe, inclusive com ataques ao presidente
interino, Michel Temer, responsável pela sua filiação ao PMDB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário