O
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), condenou nesta terça(08/11) a juíza Olga
Regina de Souza Santiago, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), à pena
de aposentadoria compulsória, punição máxima prevista na Lei Orgânica
da Magistratura. Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal
(PF) constataram que a magistrada baiana mantinha envolvimento e trocava
favores com o narcotraficante Gustavo Duran Bautista, líder de um grupo
criminoso especializado na exportação de cocaína da América do Sul para
a Europa.
A decisão foi unânime no processo administrativo disciplinar que
tramitava no CNJ desde 2013. Além da punição disciplinar, a juíza Olga
Regina de Souza Santiago também responde, no TJBA, a uma ação penal em
que é acusada diversos crimes, entre eles corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Em seu voto, o conselheiro do CNJ Norberto Campelo disse que a
relação da juíza com o narcotraficante começou em 2001, quando Olga
inocentou Bautista em uma ação criminal em que ele foi preso em
flagrante por tráfico de drogas durante uma inspeção realizada pela PF
na Fazenda Mariad, de propriedade do traficante, devido a suspeitas de
trabalho escravo. De acordo com o conselheiro, como forma de
retribuição, em 2006, o traficante teria depositado R$ 14,8 mil para a
magistrada, mas não chegou a completar o pagamento integral combinado
porque foi preso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário