O Globo destaca que, no sistema de contabilidade paralelo da
joalheira Antonio Bernardo, o ex-governador Sérgio Cabral era tratado
pelo codinome “João Cabra” e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, por
“Lourdinha”.
A revelação foi feita por Vera Lúcia Guerra, gerente da
loja no Shopping da Gávea, em depoimento na sexta-feira ao Ministério
Público Federal.
De acordo com ela, Cabral comprou R$ 5,1 milhões em joias pelo
sistema paralelo, pagando em espécie em operações sem nota fiscal ou
comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras do
Ministério da Fazenda (Coaf).
O depoimento de Vera Guerra e as provas colhidas junto à joalheira
H.Stern, onde Cabral comprou outros R$ 2,1 milhões em joias pelo mesmo
método, em espécie e sem notas fiscais, compõem o mais recente conjunto
de provas reunido pela Operação Calicute .
A Calicute sustenta que o ex-governador comandava um esquema de
cobrança de propina e lavagem de dinheiro — incluindo a compra de joias
caras, conforme O GLOBO revelou com exclusividade no dia 17 — pelo qual
teriam circulado R$ 224 milhões durante os seus governos (2007-2014).
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