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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR: E O INVERNO, TEM OU NÃO TEM?


Os dias até que vinham caminhando com certo otimismo em relação ao inverno de 2017, mas na semana passada uma certa apreensão tomou corpo, sobretudo, pela previsão da meteorologia para os próximos meses: “a persistência de águas superficiais anomalamente aquecidas no Atlântico Tropical Norte, no decorrer do próximo trimestre (DJF/2017), como previsto pela maioria dos modelos de previsão climática sazonal, favorece a continuidade da condição de déficit pluviométrico no norte da Região Nordeste, nos meses da pré-estação chuvosa” (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Cptec – INPE).

A reza, até dias atrás, chamava o La Niña para o Nordeste. O fenômeno “La Niña caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical.” Nos anos de ocorrência mais forte do dito fenômeno o efeito de chuvas é benéfico para o Nordeste, como 1988, 1989, 2007 e 2008. O “El Niño”, por sua vez, não favorece as chuvas por aqui. A análise científica diz que o “El Niño” está descartado, mas as chuvas ainda não estão confirmadas para o inverno de 17.

Não sei o que andam dizendo os Profetas populares… Espero que tenham melhores notícias. Observam sinais da natureza e os associam ao inverno. São experiências de várias gerações transmitidas pela oralidade e pelo gosto das coisas do sertão. Um ou outro pesquisador se animou a sistematizar. Na prateleira da internet tem algumas lições sobre o tema. A pesquisadora Neusiene Medeiros da Silva, por exemplo, sistematizou, em sua dissertação de Pós-Graduação na UFRN um dos mais objetivos resumos sobre o tema. Quem estuda igualmente o assunto é Arysson Soares, pesquisador e genealogista radicado em Timbaúba dos Batistas. Neusiene conta, dentre outras experiências, que se a Rolinha fizer ninhos; “pôr muito; fazer seu ninho sobre as plantas”, é sinal de bom inverno. Assim também quando as formigas saem do porão (de dentro) do açude para a parede (local mais alto). Esta experiência já presenciei anos atrás. É bastante visível a saída e o indício de que estão prevenindo uma inundação no local.

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