Com a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros (PMDB-AL)
da presidência do Senado, o Partido dos Trabalhadores voltou a ocupar
uma posição na linha sucessória que leva à Presidência da República.
Isso porque com a queda de Renan quem assume o cargo é o vice-presidente da Casa, Jorge Viana (PT-AC). Ou seja, ele passa a ser o segundo na linha de sucessão à presidência, atrás do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e à frente da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
Nome
forte do partido no Acre, Viana foi prefeito de Rio Branco (de 1993 a
1996) e governador do Estado (de 1999 a 2006). O novo presidente da
Câmara também é irmão de Tião Viana, ex-senador e atual governador do
Estado.
A decisão de afastar Renan da presidência do Senado foi do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello e atende a um pedido da Rede Sustentabilidade.
"Faço-o
para afastar não do exercício do mandato de Senador, outorgado pelo
povo alagoano, mas do cargo de Presidente do Senado o senador Renan
Calheiros. Com a urgência que o caso requer, deem cumprimento, por
mandado, sob as penas da Lei, a esta decisão”, diz o ministro Marco
Aurélio de Mello no despacho.
Na ação, o partido alegou que a
maioria dos ministros da suprema corte já decidiu que réu não pode
ocupar cargo na linha sucessória da Presidência da República. A decisão
do Supremo, no entanto, não foi referendada por um pedido de vista do
ministro Dias Toffoli.
Seis dos 11 ministros do STF concordam com a
justificativa da Rede de que "o fato de lideranças políticas ocuparem
cargos que estejam na linha de sucessão presidencial quando são réus no
STF fere o Artigo 86 da Constituição Federal”.
Réu
Renan
se tornou réu na última quinta-feira (1º) sob a acusação de desvio de
dinheiro público. A ação surgiu do escândalo, revelado em 2007, de que a
construtora Mendes Júnior pagava a pensão da filha do peemedebista com a
jornalista Mônica Veloso.
Na época, Renan era presidente do
Senado e deixou o cargo para escapar do processo de cassação. Além
desta, o senador é investigado em outras 12 ações no Supremo. Algumas
delas derivadas da Operação Lava Jato.
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