Os acordos de delação
premiada da empreiteira Odebrecht começaram a ser assinados na tarde
desta quinta-feira (1º). Emilio Odebrecht, filho do fundador da empresa,
já assinou. No total, 77 executivos e ex-executivos fecharão acordos
com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Cada
um assinará um termo.
A previsão é que a etapa de assinaturas
termine só nesta sexta, considerando o alto número de delatores. O
ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht deve assinar o termo em
Curitiba, onde está preso desde 2015. Além disso, haverá um acordo de
leniência da empresa. Esse acordo ainda não foi assinado, mas os
entraves que impediram isso na semana passada foram superados.
Esse tipo de acordo é uma espécie de
delação premiada de empresas, por meio do qual elas confessam
participação em um crime e apresentam elementos que ajudem as
investigações, em troca de redução da punições. A delação da Odebrecht é
tida, no meio político, como a de maior potencial para provocar impacto
nas investigações, isso porque os executivos citaram mais de 200 nomes
de políticos de diversos partidos.
Acesse a página do G1 sobre a Operação Lava Jato
O G1 apurou que a Odebrecht vai anunciar
oficialmente que errou e que reconhece que participou de práticas
impróprias em sua atividade empresarial. A Odebrecht assumirá que houve
um grande erro e dirá que não admitirá que se repita. Dirá ainda que
aprendeu várias lições com esses erros e que está comprometida a virar
essa página.
A posição oficial da empresa será a de
que tem um compromisso já em vigor, que inclui entre vários itens:
combater e não tolerar a corrupção, em todas as formas, inclusive
extorsão e suborno. E dizer “não” a oportunidades de negócio que
conflitem com esse compromisso.
G1
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