De acordo com a denúncia do MPF, assinada pelo
procurador da República Fernando Rocha, o grupo envolvido na operação
Epa simulava cotações de preços, fraudando diversos documentos, para
efetivar os desvios de recursos vindos dos ministérios. Nos processos
fraudados constavam como concorrentes empresas dos próprios dirigentes e
ainda de amigos e parentes, além de outras as quais eram repassados os
recursos – sem que houvesse a prestação de serviços – com a condição de
que 85% do dinheiro fosse devolvido para os dirigentes do instituto ou
da cooperativa, ficando os demais 15% a título de “comissão”.
Aurenísia Celestino, que também trabalhava como contadora, chegava a
usar documentos de empresas de seus clientes particulares, sem
conhecimento destes, para fazer parecer que havia, de fato, concorrência
nas cotações de preço. A autenticação dos documentos fraudados era
providenciada por Sidney Rodrigues dos Santos, tabelião substituto no 2º
Ofício de Notas do Município de Santo Antônio e que também teve sua
empresa, a SR dos Santos Comércio ME, beneficiada em alguns dos
contratos.
Outro participante de relevância no esquema foi Ângelo Márcio
Fernandes de Sousa. Cunhado de Sidney Rodrigues. Ele é ex-presidente da
CTA e responsável pela empresa A M F de Sousa – ME e pela Associação de
Promoção ao Desenvolvimento Local – APDL, ambas beneficiadas. Ele
chegava a figurar, ao mesmo tempo, como coordenador do convênio e
contratado das entidades, em uma espécie de “autocontratação”
absolutamente ilegal.
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