... e eles eram tão afinados...
A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira, 27, uma
operação para verificar a capacidade de empresas subcontratas por
gráficas que receberam valores da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel
Temer (PMDB).
A ação foi autorizada pelo ministro Herman
Benjamin, relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral que pode
levar à cassação da chapa vitoriosa na eleição presidencial de
2014. Estão na mira empresas que foram subcontratadas pela gráficas Red
Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB. Não há mandados de prisão.
A PF afirma
que não se manifestará sobre os mandados cumpridos por ordem do TSE.
O
Estado revelou na semana passada que a força-tarefa da Polícia Federal,
Receita e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), criada
por determinação do TSE para analisar as contas da campanha da chama
Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), encaminhou um laudo ao
ministro Herman Benjamin.
Nas 80 páginas do documento, os peritos
apontam indícios de "desvio de finalidade" dos recursos da chapa. O
próprio Ministério Público Eleitoral também analisou o relatório e
apontou a existência de indícios de "fortes traços de fraude e desvio de
recursos" da campanha. Diante do documento, o ministro Herman Benjamin
deu na sexta-feira, 16, o prazo de cinco dias para as partes envolvidas
na ação de manifestarem.Um das gráficas que prestaram serviços à chapa, a
Focal, recebeu cerca de R$ 24 milhões de reais e já foi alvo da Lava
Jato.
Segundo maior fornecedora da campanha petista em 2014, a
empresa pertence a Carlos Roberto Cortegoso. O empresário é investigado
pela Polícia Federal e Ministério Público Federal na Custo Brasil e é
réu por suposta ocultação de propinas. Segundo um laudo pericial contábil
do TSE, a empresa teria recebido R$ 3,2 milhões de forma irregular da
campanha presidencial de 2014 e pode ter sido usada para desvios de
recursos eleitorais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário