A expectativa dos procuradores e delegados é que essa convergência de
fatores duplique os números da investigação que em 2016 realizou 17
operações e ofereceu 20 denúncias. Só com o acordo da empreiteira
baiana, a projeção é que, além dos seis estados com inquéritos em
andamento, ao menos outros sete transformem-se em sedes de operações
cujo objetivo é avançar sobre o “mega esquema de desvios de recursos
públicos” patrocinado por agentes públicos e privados corruptos.
Após os desmembramentos impostos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e
o compartilhamento de informações com o Ministério Público de outros
estados, operações “filhotes” da Lava Jato já apareceram em São Paulo
(Custo Brasil), Rio de Janeiro (Irmandade, Pripyat e Calucite), Goiás (O
Recebedor e Tabela Periódica), Pernambuco (Vidas Secas e Turbulência),
Rondônia (Crátons) e no Distrito Federal (Janus). Com a delação da
Odebrecht esse número deve quase duplicar. Apenas nos documentos
apreendidos na 35ª fase, a Ommertá, os investigadores encontraram
e-mails e pedidos de pagamento via o Setor de Operações Estruturadas, o
departamento da propina, atrelados a 38 projetos espalhadas em 10
estados – RJ, SP, BA, RS, PE, RN, PR, CE, PI e ES. São obras que vão
desde o metrô em São Paulo e Rio de Janeiro aos estádios da Copa do
Mundo em Pernambuco, Rio e Bahia.
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