Notícias ao Minuto - A brasileira Yasmin Fernandes, de 20 anos, está detida desde
15 de outubro de 2016 em um presídio da região metropolitana de Manila,
capital das Filipinas, sob a acusação de tráfico de drogas. O presidente
do país Rodrigo Duterte lidera uma política de extermínio a traficantes
e até mesmo a usuários no país.
A jovem foi presa quando
desembarcou no aeroporto Ninoy Aquino, em Manila. O voo dela saiu de São
Paulo, e fez escala em Dubai, nos Emirados Árabes, antes de chegar às
Filipinas.
Agentes da polícia dos Estados Unidos, que ficam no
aeroporto de Dubai, sugeriram aos filipinos que revistassem as malas da
brasileira. A parceria entre os países para o combate ao tráfico de
drogas tem aumentado o número de apreensões.
Foram encontrados 5,8 kg de cocaína escondidos num forro acolchoado da mala de Yasmin.
O
chefe da agência de combate às drogas do país, Wilkins Villanueva,
afirma que a maioria da cocaína que tenta entrar nas Filipinas sai do
Brasil, especificamente do Rio de Janeiro. Grande parte dos
transportadores da droga não são brasileiros, há também malaios,
filipinos e russos. Para ele, "o governo brasileiro precisa estar
vigilante".
Duterte é conhecido por tomar medidas duras e por
fazer discursos agressivos e controversos. No passado, ele se comparou a
Adolf Hitler, dizendo que, assim como o alemão matou milhares de
judeus, ele adoraria matar os usuários de drogas. A polícia local é
autorizada pelo presidente a matar traficantes e também usuários.
Segundo
disse o advogado de Yasmin, Keneth Tiu, em entrevista ao "Fantástico",
"os juízes e os promotores estão bem mais rigorosos nos processos
envolvendo drogas por causa do presidente Duterte. Isso deixa as coisas
mais complicadas para Yasmin". "O caso dela é muito difícil", concluiu
ele.
O processo da brasileira está na fase de pré-julgamento, que
inclui apresentação de provas, documentos e entrevistas. A pena pode
chegar a 40 anos. No país, não existe pena de morte.
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