Um executivo e um ex-diretor da Andrade Gutierrez afirmaram, em negociação de acordo de delação com a Operação Lava Jato, que
a empreiteira pagava propina para que o Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo não apontasse problemas em licitações e contratos de obras,
sobretudo os do Metrô.
O órgão é responsável por decidir se as licitações e contratos do
governo paulista são regulares ou não. Um dos relatos diz que a empresa
pagava o correspondente a 1% do valor do contrato que estava sob análise
do tribunal para Eduardo Bittencourt Carvalho, ex-conselheiro do órgão.
O valor era entregue em dinheiro vivo para representantes do
conselheiro, segundo um candidato a delator.Bittencourt foi afastado do
tribunal pela Justiça no final de 2011 sob a acusação de enriquecimento
ilícito: ele acumulou um patrimônio de R$ 50 milhões quando era
conselheiro, incompatível com o salário que recebia.
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