Levantamento do GLOBO com líderes dos 15 maiores
partidos da Câmara — que reúnem 466 dos 513 deputados — mostra que de
sete pontos fundamentais do texto da reforma da Previdência enviada ao
Congresso pelo governo, apenas dois têm mais chances de serem aprovados
sem alterações. São eles a fixação de idade mínima de 65 anos para
aposentadoria, com aumento do tempo de contribuição para pelo menos 25
anos, e a igualdade de regras entre homens e mulheres. Esses temas já
contam com o apoio de pelo menos 1/3 da Casa.
Ainda assim, somados os votos das bancadas ouvidas, o governo está
longe de ter a maioria necessária de 308 votos, ou 60% dos
parlamentares.
Em contrapartida, outros dois assuntos já partem com resistências tão fortes que praticamente os inviabilizam:
mudanças no Benefício de
Prestação Continuada (BPC/Loas) e nas aposentadorias dos trabalhadores
rurais.
O BPC é pago a idosos e deficientes de baixa renda que "nunca
contribuíram" para o regime. Nesses casos, a proporção se inverte e
partidos que respondem por 1/3 da Câmara já se declararam contra. Isso
exigiria que o governo conseguisse apoio quase integral do restante da
Casa.
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