O estudo da Transparência Brasil – feito em 2014 e atualizado no ano passado – analisou o perfil de 233 integrantes das cortes de contas, entre eles os nove ministros do Tribunal de Contas da União
(TCU). Quase a metade (107) foi deputado estadual, 91 ocuparam cadeiras
de secretários estaduais ou municipais, 48 exerceram mandatos como
vereadores e 22 chefiaram prefeituras. Em ao menos 59 casos, os nomeados
são parentes de políticos, alguns deles do próprio governador que os
nomeou.
A principal razão para a politização das cortes é o mecanismo de
preenchimento desses cargos, previsto na Constituição de 1988. Conforme a
lei, nos TCEs, todos os sete integrantes são nomeados pelo governador.
Desse total, um é de livre escolha dele. Outros quatro são indicados
pela Assembleia Legislativa. Só os dois restantes têm de vir do quadro
técnico dos tribunais, sendo um do corpo de auditores e o outro, oriundo
do Ministério Público de Contas. As informações são de O Estado de São
Paulo.
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